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Ômicron: Anvisa confirma identificação preliminar de casos da variante no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na tarde desta terça-feira, 30, que serão enviadas para análise laboratorial as amostras de dois brasileiros que, em análise preliminar, apresentaram resultado positivo para a variante ômicron do novo coronavírus. A testagem foi realizada pelo laboratório Albert Einstein.

O caso positivo investigado é de um passageiro vindo da África do Sul e que desembarcou no aeroporto internacional em Guarulhos, São Paulo, na terça-feira, 23. O passageiro portava resultado de RT-PCR negativo e ia voltar para o país africano no dia 25. Ao fazer novo teste, acompanhado da esposa, para poder embarcar, os dois testaram positivo para a Covid-19 e foi feita a comunicação ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de São Paulo.

O laboratório Albert Einstein fez o sequenciamento genético das amostras e notificou a Anvisa sobre os resultados positivos e informou nesta terça-feira que tratava-se da nova variante.

“Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede Cievs, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da covid-19”, destacou a Anvisa em nota.

A entrada do passageiro no país foi anterior à edição da portaria Interministerial que proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela África do Sul.

Vacinação

Nesta segunda-feira, 29, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a principal resposta contra a variante ômicron é a vacinação. “Esse contrato assinado com a farmacêutica Pfizer é a prova cabal da programação do Ministério da Saúde para enfrentar não só essa variante ômicron como as outras que já criaram tanto problema para nós”, completou.

Ele afirmou que o cuidado da vigilância em saúde no país permanece o mesmo adotado desde o começo da pandemia. “É uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero porque temos um sistema de saúde capaz de nos dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade um pouco maior. Ninguém sabe ainda”.

Dive-SC emite nota de alerta

Também nesta terça-feira, 30, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) emitiu uma nota de alerta para a variante ômicron. O órgão informou que nenhum caso suspeito foi notificado até o momento no estado, porém ressaltou que é preciso manter os cuidados para evitar a disseminação do vírus.

No documento, a Dive-SC traz informações sobre o que se sabe até o momento sobre a variante ômicron.

Confira:

Gravidade da doença

Ainda não está claro se a infecção com a variante ômicron causa doença mais grave em comparação com infecções com outras variantes. Dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geral de pessoas que estão se infectando e não devido a uma infecção específica com a nova variante. Atualmente, não há informações que sugiram que os sintomas associados ao ômicron sejam diferentes daqueles de outras variantes.


Transmissibilidade

Ainda não está claro se a variante ômicron é mais transmissível em comparação com outras variantes. O número de pessoas com teste positivo aumentou em áreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos estão em andamento para entender se é por causa desta nova variante ou por outros fatores.


Reinfecção

Evidências preliminares sugerem que pode haver um risco aumentado de reinfecção com a variante ômicron (ou seja, pessoas que já tiveram Covid-19 podem ser reinfectadas mais facilmente com esta variante), em comparação com outras VOCs, mas as informações são limitadas. Mais informações sobre isso estarão disponíveis nos próximos dias e semanas.


Eficácia dos testes laboratoriais

Os testes de RT-qPCR continuam a detectar a infecção, incluindo a infecção com a variante ômicron. Estudos estão em andamento para determinar se há algum impacto em outros tipos de testes, incluindo detecção rápida de antígenos.