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Assalto no aeroporto Quero-Quero durou menos de 10 minutos

Eram 15h08 de quinta-feira, 14, quando duas caminhonetes pretas se aproximaram do portão de uma empresa que possui um hangar no aeroporto Quero-Quero, em Blumenau. Menos de 10 minutos depois, os dois veículos saíram pelo mesmo acesso, na movimentada rua Doutor Pedro Zimmermann, na Itoupava Central, levando malotes da empresa Brinks Logística de Valores.

Os malotes foram roubados em uma ação violenta que deixou uma jovem de 22 anos morta e dois vigilantes da Brinks feridos nas pernas. Edivania Maria de Oliveira trabalhava numa indústria têxtil vizinha e foi atingida por balas perdidas.

Carros-fortes, caminhões da empresa de logística Fedex (no hangar vizinho), vidraças e paredes de imóveis próximos ficaram cheios de marcas de tiros de grosso calibre.

Quando deixaram o Quero-Quero, às 15h15, os bandidos viraram à esquerda rumo à Vila Itoupava. Os dois carros pretos, um Dodge Journey e um BMW X5, foram abandonados no mato na rua Luiza Bauer, uma transversal da Erich Mayer, na Vila Itoupava. Os veículos estavam cobertos de camuflagem.

Uma operação das polícias civil e militar varre a região, inclusive com o auxílio de dois helicópteros, desde a tarde de quinta. As buscas devem ser reforçadas a partir do clarear desta sexta.

Vídeo

A aeronave, pertencente à Hércules Táxi Aéreo e que presta serviços à Brinks, estava vindo de Curitiba quando foi abordada, às 15h10.

Uma vizinha registrou em vídeo o momento do assalto. É possível ouvir várias rajadas de tiros. Ao fundo, as imagens mostram dois carros pretos próximos ao avião. Homens vestidos de preto andam em direção à aeronave enquanto pessoas acompanham tudo da rua próxima.

“Só tinha visto isso no cinema”

De acordo com o vice-presidente do aeroclube, Andrey Tomazi, o barulho dos tiros gerou uma situação de pânico na área do aeroporto.

“Pensei que era foguete. Corri para dentro do hangar e trancamos as portas. Só tinha visto isso no cinema”, relatou.

Conforme Tomazi, os assaltantes arrombaram o portão da empresa Lunelli, que possui um hangar no aeroporto, e então tiveram acesso à pista de pousos e decolagens. Para Tomazi, a ausência de um muro no entorno do Quero-Quero facilitou a ação dos bandidos.

Tomazi fez um vídeo mostrando centenas de cápsulas de munições sobre o asfalto.

Segundo Diego Zibetti, que trabalha no Aeroclube de Blumenau, foi possível ver o ataque a distância. Ele relata ter ouvido vários tiros, que pareciam ser de armamento pesado, como de metralhadoras.