Um inquérito policial foi instaurado neste domingo, 26, após um casal ser tratado como suspeito de assumir a paternidade de um recém-nascido no Hospital de Azambuja. As investigações estão a cargo da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami).
No início da tarde deste domingo, 26, a Delegacia de Polícia da Comarca (DPCO) de Brusque recebeu uma ligação de um médico do Hospital Azambuja. Ele afirmou que uma mulher que havia acabado de dar à luz teria apresentado documento possivelmente falso: uma cópia de uma carteira de identidade. A equipe médica perguntou seu nome completo, o nome de sua mãe, idade e local de nascimento, mas a parturiente não soube responder, mostrando confusão e nervosismo.
Ela estava acompanhada de um casal: seu suposto marido e uma outra mulher. O delegado plantonista foi ao Hospital Azambuja e verificou que a fotocópia da carteira de identidade era, de fato, falsa.
Foi concluído que o RG apresentado pela mãe do recém-nascido pertencia, na verdade, à mulher que estava acompanhando o atendimento. E que ela era realmente a esposa do homem envolvido, que inicialmente havia se apresentado como o marido da parturiente.
O casal foi à delegacia para prestar esclarecimentos. O homem admitiu que ele e a esposa estavam tentando assumir a criança recém-nascida. O contato com a mãe biológica da criança havia ocorrido pela internet. Ela foi de Goiás a Brusque para ter o bebê no município. De acordo com o homem, havia consentimento da mãe, porque ela não tinha condições de criar o bebê.
A mulher negou que a intenção era assumir a criança, e afirmou que “só estava ajudando a mãe em uma situação difícil”.
Junto com o casal, estava uma criança de 4 anos, identificada como filha da mulher que estava grávida. Ela chegou a Brusque com a mãe, com passagens pagas pelo casal. Ela foi entregue ao Conselho Tutelar.