Caso Hering: áudios obtidos com exclusividade apontam possível fraude e desvio do patrimônio de Eulália Hering

Autores da ação afirmam que parte da família desviou ações da empresa que eram de propriedade de Eulália

A ação que três herdeiros da família Hering movem contra a indústria, seu ex-presidente Ivo Hering, Klaus Hering e Antônio Diomário de Queiroz acaba receber mais um capítulo. Foram juntados aos autos áudios – e suas transcrições – em que os réus estariam admitindo as fraudes contra os autores, mas colocam a culpa uns nos outros.

Os autores da ação, Pedro Roberto, Rafaela e Eduardo Teodoro Hering Bell, afirmam que parte da família desviou ações da empresa que eram de propriedade de Eulália Hering, que faleceu em 2006.

Eulália Hering então viúva de Max Victor Hering, da terceira geração de empreendedores da família, foi uma das maiores acionistas da Hering e da holding familiar Inpasa, que detém 6,8% do capital da Cia. Hering, atualmente avaliada em R$ 5 bilhões na B3.

Após sua morte, “descobriu-se que não tinha sobrado nenhuma ação para dividir o inventário”. Os autores, que são da quinta geração, afirmam que isso ocorreu em função de “transferência fraudulenta dessas ações”.

A reportagem buscou um posicionamento dos acusados, mas até o momento desta publicação não obteve retorno.

As gravações

No documento obtido com exclusividade por O Município, Pedro Roberto Hering Bell está levantando algumas questões com Ivo Hering, ex-presidente da Cia. Hering. “Ela (Eulália Hering) teria doado apenas trinta e cinco mil ações. Onde é que foram parar as outras? Pelo valor da doação hoje, valeriam R$ 31 milhões. Mas né… Não foi assim… Março de 1997, tinha R$ 20 mil. Em novembro tinha R$ 144 mil, então, quer dizer, elas aumentaram sete vezes com a venda da Ceval”, afirma Pedro.

As conversas obtidas se desdobram em mais partes, nas quais Pedro Roberto Hering Bell fala também com Antônio Diomário de Queiroz. Queiroz faz acusações a Ivo Hering, alegando que durante o período que trabalhou na Cia. Hering teria acesso a informações confidenciais.

“Se há um desonesto nessa família pra mim se chama Ivo Hering. Porque justamente ele como diretor da empresa, sabendo que as – negociações – das ações, era uma informação confidencial, e o cargo de diretor exigia que ele administrasse a favor de todos os acionistas”, disse Queiroz.

Em outra conversa, surge Janice Tensini Hering Bell, esposa de Pedro Hering Bell, que  questiona com o que está ocorrendo com a Cia. Hering. Antonio Diamário de Queiroz responde que a empresa “foi mal administrada”. E faz novamente acusações a Ivo Hering e Klaus Hering. “Se o Klaus é incompetente, pra mim esse Ivo Hering além de desonesto ele é incompetente também”.

Confira os áudios com transcrição, divididos em três partes:

Parte 1

Diomário: Primeiro, a Dona ‘Re’ não tem realmente ações da Hering…
[ininteligível] disse que tinha ações da Hering…
Pedro: Não… Foi assim, recebi um relatório, que dizia que ela não tem ações
da Hering.
Diomário: Pois é, então como é que você fala que tinha ações da Hering?
Quem teria dito que tinha ações da Hering? Tinha ações da… [ininteligível]
outra coisa… Elas foram todas perdidas, todas pelo Klaus.
Pedro: Todas pelo Klaus, naquele…
Diomário: Todas, exatamente. [ininteligível] ela ficou com ações da
[ininteligível], quem tinha as ações da… Foram negociadas nesse
[ininteligível]. Então, ela tinha duas vezes trinta e seis mil cento e setenta e
nove ações. Então, [ininteligível] das ações, primeiro, foi feita essa doação da
metade. Trinta e cinco por cento foram vendidas em setembro de mil
novecentos e noventa e sete. Porque a [ininteligível], o acerto com a família,
[ininteligível] a Hering acertou a metade das ações.
Pedro: E as outras continuam em ações…
Diomário: E as outras em ações. ‘Foram’ depois feita uma segunda carta…
Pedro: Em nome de cada um dos herdeiros…
Diomário: Uma doação, uma segunda doação… Também ‘tá’ explicado aqui
nesse relatório… Então, as ações foram vendidas [ininteligível] pelo valor de
um milhão, novecentos e sessenta e nove mil, cento e vinte e dois reais e
noventa e sete. Para venda foi feita primeiro, a doação de dezoito mil ações
em favor da Maike, a metade, nove mil em favor da Rafaela e nove mil e
quarenta e cinco em favor do Eduardo.

Pedro: ‘Tá’. Posso questionar?

Diomário: Pode.

Pedro: Dezoito mil em favor da Maike, nove da Rafa e do Duda…

Diomário: É, a metade.

Pedro: E o meu?

Diomário: E o seu ‘tá’ embutido aí, não foi feito ‘pra’ te proteger…

Pedro: O da Maike…

Diomário: Não, o da Maike não tem os irmãos… [ininteligível] essa transação
aqui… foi tudo ‘pra’ te proteger!

Pedro: Não, só quero entender… Só quero entender, ‘tá’… Desculpa te
perguntar, perguntar, ‘tá’… não precisa ficar assim…

Diomário: É que você… [ininteligível] ‘pra’ proteger você e o Klaus…

Pedro: Há, mas aí olha só… Você tem dezoito mil em favor da Maike…
[ininteligível]

Diomário: Foi feita metade da Maike e metade na família de vocês, mas isso
em contrato… Foi em seguida refeito… Esse contrato foi só em agosto…

Janice: [ininteligível] colocaram em nome da Rafa… [ininteligível] nome da
Rafa…

Diomário: Foi só uma maneira de fazer a venda sem envolver você e o Klaus
que na época, tinham problemas na justiça… E se o nome de vocês pudesse
aparecer um credor podia surgir… E pedir é o…. O recebimento.

Pedro: ‘Tá’, ‘tá’ bom, mas atualmente, então…

Diomário: ‘Vamo’ na sequência…, mas isso é o que eu digo… Na época, isso
aqui…

Pedro: Foi uma jogada?

Diomário: Foi uma jogada… E por isso que existe uma certa honra da
família… Em não botar esses documentos, porque isso aqui foi uma jogada,
‘pra’ proteger contra interesses de credores, que eles poderiam vir em cima
de você na época, que você ‘tava’ com a ação em juízo… E o Klaus também
tinha o problema das ações… Se vocês dois botassem o nome de vocês dois,
isso aqui publicado em cartório, [ininteligível] cópia do contrato…
[ininteligível]

Pedro: Atualmente, já foi passado ‘pro’ meu nome?

Diomário: É mesmo! É mesmo! Isso que eu ‘tô’ tentando explicar… Eu ‘tô’
começando primeiro a pensão… Isso aqui você ficou com… Anotações disso
na época…

Pedro: Eu só fiquei com os números né… Não deu ‘pra’ entender, porque foi
tudo muito rápido…

Diomário: Então ‘tá’ aqui… O primeiro documento, ‘cê’ queria ver os
documentos… Na época eu não fiquei… Na época foi feita… Ó, a doação ó,
[ininteligível] nós todos assinamos, ‘tá’ aqui, dezoito mil em nome da Maike,
nove mil em nome da Rafaela e nove mil e quarenta e cinco em nome do
Eduardo… Então por que é que não tem o teu nome? Por que é que não tem
o nome do Klaus?

Janice: [ininteligível]

Pedro: Por que não tinha né?

Diomário: Não tinha… É, não tem até hoje… [ininteligível]

Pedro: Mas, se eu quiser passar isso ‘pro’ meu nome agora eu posso…

Diomário: Não! Já foi passado… [ininteligível] porque isso aqui, olha, isso
aqui, foi em setembro… De noventa e sete. O dia, aqui ó, trinta de setembro
de mil novecentos e noventa e sete, ‘tá’ aqui ‘ó’, nós todos assinamos… E só
serviu como uma operação, e em seguida, foi feita a venda, pra o… Com esta
operação aqui ó…

Pedro: Foi feita a venda…

Diomário: Foi feita a venda! Na verdade, a Maike e os seus irmãos, só
puseram o nome ‘pra’ poder viabilizar esta venda, e isso aqui ainda acabou
dando prejuízo por causa da própria Maike, ela teve que declarar um imposto
de renda na época, [ininteligível] que esse valor seria recebida a diferença
que pagou a mais no imposto de renda… [ininteligível] valor da venda. Então,
tinha quinze mil de honorário dos advogados, e sobra aí, um milhão,
novecentos e cinquenta e três mil, seiscentos e sessenta e seis reais.
[ininteligível] ó, esse era o saldo. Eu ‘tô’ exaltado porque eu não aceito
desrespeito…

Pedro: ‘Tá’ bom tio, eu já pedi desculpas… Eu acho que todo mundo também
tem o direito de se alterar, é família, só que eu quero saber as coisas, eu acho
que eu tenho esse direito…

Diomário: [ininteligível] ‘tá’ tudo explicado…

Janice: [ininteligível] também, passo mal… A gente quando escuta…

Pedro: Acho que o respeito tem que existir…

Janice: Tem que respeitar…

Diomário: Mas, ‘vamo’ lá… Vamos lá… Por isso mesmo que eu ‘tô’, ‘tô’… ‘Tô’
lhe demonstrando…

Pedro: Também é o mínimo né, que eu posso saber, né, é querer ter uma
justificativa das coisas que foram feitas… Tenho que saber né…
[Ininteligível]…não desconfio do tio, eu desconfio do Klaus… Eu não desconfio do tio.
[ininteligível]

Pedro: E ele ‘tá’ indo muito bem, porque, pelo que ele perdeu… Da gente, da
[ininteligível] né tio, ele ‘tá’ indo muito bem… [ininteligível] mas não por nossa
culpa, né, tio? [ininteligível] do jeito que a gente rala todo dia… [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] eu tenho demonstrativo, metade das ações…
[ininteligível] você devia ter falado isso no seu imposto de renda…
[ininteligível] vamos ver aqui, na sequência…

Janice: Mas é que ano passado não tinha nada no nome, se não dava ‘pra’
por…

Diomário: As ações… As ações… [ininteligível]

Pedro: Não, mas eu ponho esse ano, não tem problema.

Diomário: Pode por esse ano. O valor da venda, ó, um novecentos e sessenta
e nove. Esse dinheiro, aqui ó [ininteligível], o valor disponível para cada parte.
[ininteligível] foi isso? E outra parte [ininteligível]
… cento e trinta e cinco mil reais para Dona Maria, cento e oitenta mil
correspondentes a cada um de seus filhos, somando seiscentos e setenta e
cinco. Cada filho, pegou cento e oitenta mil. Então [ininteligível]
… o Klaus ficou com cento e oitenta mil.
[ininteligível]
… por isso que ele pôde ir pra Europa e tudo o mais, ele passou a ter cento e
oitenta mil.
[ininteligível]
Certo… Disponível pra Maike, cento e oitenta mil. Disponível ‘pro’ Pedro,
sessenta mil. Disponível pra Rafaela, sessenta mil. Disponível ‘pro’ Eduardo,
sessenta mil [ininteligível]. Saldo bloqueado virou duzentos e setenta e oito
e diferença. [ininteligível] faltou um milhão, duzentos e sessenta e oito mil,
seiscentos e sessenta e seis reais.

Pedro: Outras contas…

Diomário: Outras contas. Os recursos disponíveis, foram depositados nas
contas dos respectivos titulares.
Cada um ganhou o seu dinheiro [ininteligível]
…depois de descontadas as dívidas de trinta e sete mil e trezentos,
[ininteligível] A Maike devia vinte e cinco mil. O Pedro devia onze mil, a Rafaela mil e
quinhentos. O [ininteligível] quinze mil, quinhentos e cinquenta e seis.
[ininteligível] foi adicionado na conta da Maria para pagar o advogado.
Depois passaram um cheque em nome dele, ‘tá’… então, ‘tá’ aqui, ó. Vamos
ver o que é que foi depositado ‘pra’ cada um.
Depositado para Maria, quinze mil do advogado, trinta e sete mil das dívidas,
que nós pagamos, cento e trinta e cinco mil da divisão, então cento e oitenta
e oito mil e noventa e um.
Depositado para o Klaus, cento e oitenta mil.
Depositado para Maike, cento e oitenta mil menos vinte e cinco mil de
dívidas, então depositaram ‘pra’ ela cento e cinquenta e cinco mil.
Depositado para o Pedro, sessenta mil. Menos onze mil e oitenta e cinco de
dívidas, quarenta e oito, novecentos e sessenta e cinco.
Depositado para Rafaela, sessenta mil. [ininteligível] depositado para
Eduardo, sessenta mil.
Total do resultado, seiscentos e noventa mil.
Pronto, cada um recebeu a parcela que devia. [ininteligível]
…o saldo bloqueado, é um milhão, duzentos e setenta e oito mil, seiscentos
e sessenta e seis, foi dividida entre três parcelas iguais de quatrocentos e
vinte e seis mil duzentos e vinte e dois, e o que… o que sobrou foi dividido
em três partes iguais.
Para depósito bloqueado em conta, assinado sempre por dois membros da
família e por [ininteligível], a quem cabe o uso dos recursos quando deles
precisar.
Os recursos do Pedro foram temporariamente depositados na conta
bloqueada para Rafaela, [ininteligível]
…segundo a medida, que foi feita aqui em proteção a você. Olha, e é isso o
que me revolta, entendeu…

Pedro: E o do Klaus, foi ‘pra’ quem? Do Klaus foi pra Maike?

Diomário: Bloqueado em… não, foi bloqueado conta no exterior.
Exatamente.
Na época se perguntou a cada um, onde é, que banco você quer fazer o
depósito nós preferimos o Banco do Brasil, porque eu trabalho com o Banco
do Brasil.
A Rafa foi no Banco do [ininteligível].
E o Klaus, porque não podia abrir conta no Brasil, preferiu conta no exterior…
a mesma conta no exterior ‘tá’ lá, em nome de três. Tia Maike ‘tá’ assinando
também, ele não pode movimentar pela conta sem a assinatura da tia Maike.

Pedro: Por isso vocês mandaram coisa ‘pra’ preencher a ficha?
[ininteligível]

Diomário: Então aqui, olha… É aqui… [ininteligível]

Pedro: No Brasil?

Diomário: [ininteligível]

Janice: [ininteligível]

Pedro: Mas não transfere ‘pra’ fora?

Diomário: [ininteligível] o cartão aqui. Então aqui, olha. [ininteligível]

Pedro: Mas agora já com os respectivos nomes?

Diomário: [ininteligível] outra vez, porque… E esse documento, olha, foi feito
de reserva… [ininteligível] uma vez… [ininteligível]
…nova… Como artíficio… [ininteligível]

Pedro: ‘Pra’ esconder né…

Diomário ‘Pra’ esconder, ‘pra’ esconder o seu também… ‘pra’ protegê-lo, na
época. Isso que eu… Eu gostaria que você entendesse, também. Por que é
que… E você me pergunta, mas por que é que… [ininteligível]…

Pedro: Pois é né tio, mas [ininteligível] acostuma com as coisas honestas,
né…

Diomário: Justamente, mas isso é honesto.

Pedro: Mas perante a lei, perante a lei o que ele ‘tá’ fazendo não é honesto,
porque ele ‘tá’ escondendo…

Diomário: E você rapaz, e você…

Pedro: Mas é o que eu ‘tô’ dizendo…

Janice: O Pedro pagou… ele nem precisaria desse [ininteligível]… Cinco mil
e…

Pedro: Não é aquela moral toda, né…

Diomário: É, [ininteligível] isso, aí é que está…

Pedro: Claro, eu entendo isso, mas eu não quero prejudicar, eu só quero
saber…

Diomário: É, então, vamos lá… E aí foi bloqueado para Klaus, quatrocentos e
vinte e seis; bloqueado para Maike quatrocentos e vinte e seis, bloqueado
para Pedro, cento e quarenta e seis e quarenta e dois… Bloqueado para
Rafaela, cento e quarenta…

 Parte 2

Diomário: [ininteligível] 

…em três partes iguais de [ininteligível] paguei desse valor para Klaus, Maike, [ininteligível] parte disponível e parte bloqueada [ininteligível], cento e oitenta mil disponíveis, [ininteligível] 

…vinte e cinco mil em dívidas, cento e cinquenta e cinco mil disponíveis, quatrocentos e vinte e cinco e cem mil bloqueado, e essa conta bloqueada que ‘tá’ até hoje bloqueada, lá no Banco do Brasil, ‘tá’, seiscentos e seis mil, duzentos e vinte e dois no total. [ininteligível] 

…Pedro, [ininteligível] disponíveis, cento e quarenta e [ininteligível] 

… ‘Tá’ numa aplicação, certo? [ininteligível] 

…Duda, sessenta mil disponíveis mais cento e quarenta e [ininteligível] 

…bloqueados, [ininteligível] total, seiscentos [ininteligível].

Pedro: Cada uma dessas, por exemplo, as aplicações do Klaus, né, da Maike, [ininteligível] são todas atuais, menos os juros? 

[ininteligível]

Diomário: [ininteligível]

 Se você quiser tirar amanhã, e levar ‘pra’ um banco no exterior, [ininteligível]. 

Possibilidade de transferir [ininteligível].

[ininteligível]

Pedro: Isso aí é uma coisa que eu não sabia… que existia essa possibilidade de [ininteligível].

Diomário: [ininteligível] 

Mas se [ininteligível] quiser, passar ‘pra’ outro banco [ininteligível], essa liberdade [ininteligível]. 

[ininteligível] as partes corresponde aos cheques emitidos pelo comprador [ininteligível]. 

Esse é um instrumento de venda [ininteligível], esse aqui só serviu ‘pra’ gente. 

[ininteligível]

Janice: ‘Tá’, mas isso aqui, é isso aqui, então?

Diomário: Não, isso aqui é o segundo… [ininteligível] 

Janice: [ininteligível] ah, ‘tá’. 

[ininteligível]

Diomário: [ininteligível] daquelas ações. então, ‘tá’ aqui, olha… as ações [ininteligível], 

… dezoito mil da Maike e [ininteligível]

… e nove mil e quarenta e cinco do Duda, [ininteligível].

Janice: [ininteligível]

Diomário: Exatamente. Esta, é este aqui, certo? 

[ininteligível] foram feitos diversos cheques, [ininteligível]. 

[ininteligível] 

[ininteligível] direitinho. 

[ininteligível] cento e oitenta mil [ininteligível] que ele tinha na época [ininteligível]. 

[ininteligível]

aí, tinha uma doação de trinta e seis mil, cento e setenta e nove ações [ininteligível]. 

dezembro [ininteligível]

[ininteligível]

Pedro: Agora, essa parte posterior [ininteligível] foi antes, mas [ininteligível]. foi feito tudo no Natal.

Diomário: [ininteligível] antes do Natal.

[ininteligível]

Pedro: [ininteligível] dezembro de noventa e sete.

Diomário: [ininteligível] foi antes.

Pedro: Foi antes, mas só que a gente não ficou sabendo [ininteligível].

Diomário: Ficou sabendo e decidimos antes [ininteligível]

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] a demonstração, aí a demonstração [ininteligível] tal do documento, [ininteligível].

Pedro: [ininteligível] fiz uma cópia.

Diomário: Exatamente, é essa aqui.

[ininteligível]

Realmente, eu agora, [ininteligível]. A puxar tudo de novo, puxando ‘pra’ ver se ele tiver [ininteligível] infelizmente [ininteligível].

Pedro: ‘Tá’, então ‘vamo’ lá ‘pra’ segunda parte

Diomário: O valor de trinta e seis mil [ininteligível].

O valor da marcação da casa, [ininteligível]. trezentos mil. o valor total da doação, e aí a doação agora é maior, [ininteligível]. 

O total acima foi dividido em três partes iguais de setecentos e cinquenta e seis mil, quatrocentos e sete e sessenta e seis, [ininteligível] dividido por três, dá [ininteligível], doadas ao Klaus, [ininteligível], em usufruto da dona maria, [ininteligível].

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] sobe e desce. essas ações [ininteligível].

[ininteligível]

Eu comprei a quarenta e dois centavos, ela chegaram a setenta e sete. [ininteligível] eu tinha vendido a um e sessenta e sete. [ininteligível] caiu de novo a zero trinta e dois, abaixo [ininteligível].

[ininteligível] setenta e seis centavos, os acionistas, [ininteligível] e pagaram um real.

[ininteligível] que não tem muita liquidez.

[ininteligível]

Se há um desonesto nessa família, ‘pra’ mim se chama Ivo Hering. Porque justamente, ele como diretor da empresa sabendo que as ações [ininteligível], e era uma informação confidencial, [ininteligível] e o cargo de diretor exigia que ele administrasse a favor de todos os acionistas, aí ele [ininteligível], ‘pra’ dona Lia, oferta de compra [ininteligível], salvou o patrimônio da família, porque desconfiou, [ininteligível], essa inteligência.

[ininteligível]

…na operação com a Maike, no perdemos torno de setenta mil dólares, foi quando ele roubou. isso eu disse a ele, ‘tô’ dizendo ‘pra’ vocês, foi o que eu disse ‘pra’ ele [ininteligível]. 

[ininteligível]

… você não tinha, como diretor, que fazer uma proposta em cima de informações privilegiadas, que você já sabia da operação [ininteligível] das ações [ininteligível].

Eu disse ‘pra’ ele, ‘pra’ mim ele é desonesto, eu disse pra ele [ininteligível].

No final ele respondeu [ininteligível].

[ininteligível] cheguei a conversar com o advogado se era reversível, ele me mostrou a legislação toda… [ininteligível]

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] setenta mil dólares [ininteligível]

Pedro: [ininteligível].

Parte 3

 

PARTE 3

 

Pedro: Parte três… 

[pessoas conversando] [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] essa história aí, da doação…

Diomário: Foi dividido em três partes de setecentos e cinquenta e seis… o Klaus recebeu a casa, [ininteligível] o Klaus recebeu a casa de duzentos mil, oito mil trezentos e oitenta e cinco ações, quatrocentos e cinquenta e seis mil quatrocentos e sete, total setecentos e cinquenta e seis. 

Destas oito mil trezentos e oitenta e cinco, que ele também não quis botar no nome dele, vieram ‘pro’ nome da Maike. Inclusive, na verdade, a Maike está tendo um prejuízo no imposto de renda com essa história toda, que nós ficamos de compensar mais tarde, precisa compensar. 

Mas realmente, a Maike tem o compromisso que a hora que o Klaus quiser, vai devolver… só que, então, Maike… treze mil oitocentos e noventa e sete ações. é… Pedro, quatro mil seiscentos e trinta e duas ações, Rafael quatro mil seiscentos e trinta e duas ações, Eduardo, quatro mil seiscentos e trinta e duas ações, setecentos e cinquenta e seis, quatrocentos e sete, cada um. 

Na hora de fazer o acordo, aí vem um outro instrumento particular. [ininteligível] 

… desses documentos aqui, ó. Instrumento particular de doação de ações em adiantamento [ininteligível]. [ininteligível] a outorgante doadora senhora [ininteligível] trinta e seis mil, cento e setenta e nove ações ordinárias, [ininteligível], 

Janice: Noventa e nove da Rafa e do Duda…

Diomário: … tudo, todo mundo, não, ela, aqui ela vai fazer a doação… em assim sendo, com [ininteligível], resolve doar [ininteligível] os outorgantes donatários aceitam receber em adiantamento de suas respectivas [ininteligível], trinta e cinco mil cento e setenta e nove ações, conforme a seguir exposto: vinte e duas mil duzentos e oitenta e dois ações ordinárias, avaliadas em [ininteligível] em favor de Maike Hering de Queiroz, porque, oito mil, [ininteligível], mais treze, [ininteligível] dá os vinte e dois mil. 

Quatro mil seiscentos e trinta e duas ações ordinárias, para Pedro. Agora, a Rafa, deixou uma açãozinha a mais… na hora foi preciso fazer o arredondamento do valor e tinha uma ação de arredondamento, aí o arredondamento foi [ininteligível] quatro mil, seiscentos e trinta e três. [ininteligível] 

…não, [ininteligível]. Porque era cinquenta e quatro era menos do que [ininteligível] lhe cabia. Quer dizer, ela ganhou um terço de cinquenta e quatro, um terço [ininteligível], um terço a vocês. 

Então ela… aquele terço de cinquenta e quatro que a tia Maike [ininteligível] trinta reais, vinte reais, certo? 

Isso não é nada. [ininteligível] 

…então, isto aqui já foi passado ‘pra’ você, é isso que tinha que entrar no seu imposto de renda…

Pedro: ‘Tá’, ‘tá’ bom….

Diomário: Quatro mil, seiscentos e trinta e dois…

Pedro: E como é que eu pego?

Diomário: Pega o demonstrativo lá na Hering…

Pedro: Na Hering… com a Maria…

Diomário: Com a Maria… lá da [ininteligível] ela te dá o demonstrativo, nós já recebemos até pelo correio, estão mandando novamente pelo correio… 

Pedro: ‘Pra’ mim não veio nada…

Diomário: Eu acho até que colocaram como doação, tem que ver isso…

Pedro: ‘Tá’…

Diomário: ‘Tá’… [ininteligível] constitui adiantamento, agora olha só, várias ações [ininteligível] fica estabelecido o usufruto vitalício de dividendos, bonificações e [ininteligível] inclusive o direito de voto [ininteligível] em favor da, do doador, quer dizer, [ininteligível] um pouco de dividendos. [ininteligível]

Pedro: E quanto deu?

Diomário: Eu só sei que foi pouca coisa…

Pedro: [ininteligível]… cem mil…

Diomário: [ininteligível]

Pedro: E foipra’ conta dela? [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] conta dela.

Pedro: O usufruto é dela.

Diomário: O usufruto é dela… [ininteligível] 

…enquanto viver a outorgante doadora, podendo [ininteligível]. 

E existe aí mais um acordo de honra, quer dizer, a Maike e o Klaus. O dia que o Klaus pedir as ações, [ininteligível]. 

Além da palavra, isso aquilo e vai devolver. Não há, não vai botar nenhuma dúvida porque foi um acordo de irmão e eu já botei essa situação diante de todos os meus filhos, e eu não tenho dúvida de que nenhum dos meus filhos vai falhar, nesse compromisso que nós temos com o Klaus de devolver essas ações. [ininteligível] 

Aqui ó, foi assinado, e realmente por todos [ininteligível]. 

E aqui estão… 

Janice: Essas cópias são do senhor?

Diomário: São, são. 

Janice: E a gente vai [ininteligível]?

Diomário: Vocês vão [ininteligível], eu vou dar cópia disso. Mesmo porque o Pedro ameaçou de usar isso ‘pra’ fazer alguma coisa.

Janice: Ele vai ser prejudicado se ele usar, tio… [ininteligível]

Diomário: Realmente se quiser… [ininteligível]isso ‘é’ um documento público…

Pedro: Mas não é particular?

Diomário: É, mas ‘tá’… é registrado em cartório. [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] se eu quiser eu posso ter isso aqui.

Diomário: [ininteligível] duas coisas não pode mexer… me afrontar, [ininteligível] e fazer uma exigência em cima de mim, ninguém consegue mudar uma [ininteligível] desse jeito. 

Isso nem você, nem ninguém, nem o papa.

Janice: Mas tio, ele ‘tava’ alterado…

Diomário: [ininteligível] 

… de outro lado realmente eu não aceitei o chute que ele deu na cadeira, não. [ininteligível] 

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] alguém tocou na Maike, qualquer um dos meus filhos, direta ou indiretamente, aí eu… [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] separar a emoção do racional [ininteligível].

Janice: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] pode, só chegar lá [ininteligível] que eu tiver assinado [ininteligível]. Isso eu já entendi, eu já entendi.

Diomário: [ininteligível] então o porquê das cautelas, [ininteligível].

Janice: Ninguém pretende usar isso daqui…

Pedro: [ininteligível] não quero, não quero, você acha que ele merecia?

Diomário: Isso que [ininteligível]…

Pedro: Eu não vou Janice, eu não vou, me poupe… [ininteligível] se ele não tiver passado a perna em mim…

Diomário: [ininteligível] realmente quanto a isso…

Pedro: Já passou uma vez, então eu quero me prevenir.

Diomário: Então, ‘tá’ vendo aqui olha, no instrumento particular de doação foi necessário para [ininteligível] o arredondamento desse valor, [ininteligível]Klaus foram transferidas em nome da Maike, com compromisso de futura [ininteligível] devolução. Então, realmente. Isso aqui, isso é o relatório para [ininteligível]. A hora que você quiser…

Pedro: [ininteligível]

Diomário: Quiser vir aqui, quiser ter, quiser ter acesso à documentação, está à sua disposição. 

Mas eu não quero assumir a responsabilidade e eu, ainda, fornecer por escrito… uma informação que eu acho que é uma informação de família, uma informação que faz parte [ininteligível] de dentro da família que deve ser respeitada, eu nunca quebrei [ininteligível] e não quero quebrar, e que isso aqui inclusive eu tenho ainda a tranquilidade que essas alterações que foram feitas, nenhuma delas foram feitas até ‘pra’ beneficiar a nossa parte, a parte da Maike. Nenhuma dessas operações a Maike precisaria ter feito. Não foi nada…

Pedro: Sorte dela né?!

Diomário: Pois é. Então, efetivamente acho que nós concordamos na época que [ininteligível]

Pedro: O que eu fico, fico chateado… sabe o que eu fico chateado…

Diomário: [ininteligível] mereceu proteção.

Janice: Eu agradeço, porque aqui a gente só esclareceu as coisas que… sabe, o que realmente a gente queria era ver o que tinha [ininteligível] sabe, nada além disso…

Pedro: [ininteligível] nada né tio?

Janice: [ininteligível]

Diomário: A minha percepção, em relação à família, vocês estão se afastando da família… inclusive pelas suas palavras, pela forma [ininteligível], e não é “a família os afastou” …

Janice: Afastando de quem, tio?

Diomário: Por exemplo de mim.

Pedro: [ininteligível] tio, tio…

Janice: [ininteligível] ‘tá’ batendo numa tecla, tio… [ininteligível] a gente já pediu desculpas, eu pedi desculpas [ininteligível], agora se o senhor [ininteligível] batendo nessa tecla, o resto da vida, o que é que eu posso fazer?

Diomário: É, realmente…

Janice: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] por exemplo, ninguém comunica a gente… [ininteligível] e ninguém me falou nada, né tio. Poxa, peraí, [ininteligível] por que é que eu não posso saber?

Diomário: Mas quem disse que você não pode?

Pedro: Mas ninguém me falou, tio…, mas ninguém falou…

Diomário: [ininteligível] se você tivesse feito, [ininteligível] teria lhe falado, porque não tem nada o que esconder. Agora se você ‘tá’ ausente, se você chega aqui dando chute, como é que as pessoas vão lhe falar as coisas? Você que ‘tá’ se afastando, isso que estou lhe dizendo… porque [ininteligível] a informação…

Janice: [ininteligível] ele nos trata mal, ele é a pessoa mais arrogante, [ininteligível]…

Diomário: [ininteligível] eu não tenho nenhum elemento concreto [ininteligível]

Janice: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] o Klaus não usou as ações da Lia sem o consentimento da Maike e da tua mãe… à época foi feita uma reunião, uma proposta, e o que nós propusemos… nós concordamos, mas na época se acreditava que ele iria ganhar muito dinheiro [ininteligível] seguro, depois realmente [ininteligível] desastre…

Pedro: [ininteligível]

Diomário: Mas é, mas realmente…, mas [ininteligível] garantia automaticamente, então, mas na época houve concordância tanto da tia Elke quanto da Maike. E o que é que nós pedimos na época e que ele concordou, eu tenho inclusive documentos lá em casa, foi que nós participássemos dos bens, das aplicações. Então, nós achávamos que ia ganhar. Aí quando se toma uma decisão daquela, a gente não toma decisão [ininteligível] perder, na época se achava que ele ia ganhar [ininteligível].  Que com aquelas garantias, ele tinha [ininteligível] recurso do banco, [ininteligível]. 

Mas em seguida [ininteligível]outra crise, outra crise, e foi aí que, que realmente eu fui à Assembleia, [ininteligível] fui na Assembleia [ininteligível], belíssimo, mas a [ininteligível]. Isso eu fiz essa análise lá dentro da Assembleia.

E agora realmente, ‘tá’ tendo agora uma sorte porque o setor têxtil foi agora favorecido com a [ininteligível] valorização cambial, então a empresa com a Marissol [ininteligível]…

Janice: O que é que acontece na Hering?

Diomário: O que acontece na Hering é que ela foi mal administrada. Se o Klaus é incompetente, ‘pra’ mim esse Ivo Hering além de desonesto ele é incompetente também. [ininteligível]… desonesto e incompetente. [ininteligível]

E ainda, [ininteligível] tudo bem, [ininteligível] ‘tava’ limpando, pagando prejuízo do banco, [ininteligível]… e agora vai ficar tudo bom. [ininteligível]

E realmente tem que administrar ‘pra’ superar essa crise [ininteligível] melhora geral no setor têxtil… só que o que tá acontecendo…

Janice: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] E se continuar essa melhora, a Hering se salva bem… e, ou, se não se safar, acaba logo, logo sendo vendida e essas ações [ininteligível] nessa operação de venda.

Janice: Aí é hora de vender?

Diomário: Se isso acontecer. Mas essa dificuldade [ininteligível], ou, ou realmente, persista essa recuperação. Tem muitos economistas acreditando… inclusive ontem [ininteligível]… 

Janice: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] gazeta mercantil [ininteligível]

Janice: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] não precisa nem dez anos, três, quatro anos, [ininteligível] tende a valorizar, [ininteligível] numa fase de recuperação, agora, só que nessa fase, ela podia estar que nem [ininteligível] nadando em dinheiro, só que ela está correndo atrás da máquina. Ela ‘tá’ com a estrutura debilitada ainda, está conseguindo exportar de novo, cresceu bastante a exportação e isso é ótimo, eu tenho acompanhado [ininteligível], eu tenho [ininteligível], então, voltou a exportar em níveis anteriores à essa [ininteligível].

[ininteligível]

Mas senão, [ininteligível] crise, hoje ela pode ter que ser vendida e [ininteligível].

Pedro: Tio, [ininteligível] não tinha mais ações da Hering né, o que é que foi vendido isso que ela fez? O Klaus vendeu todas, é isso?

Diomário: [ininteligível]

Pedro: Ah, ‘tá’…

Diomário: Não porque as ações foram dadas em garantia pelo Klaus para a seguradora. [ininteligível] não poder pagar o banco, [ininteligível] tomou as ações, [ininteligível] para pagar a dívida que ele tinha no banco e perdeu.

Pedro: ‘Tá’ bom…

Diomário: [ininteligível] realmente ali, …

Janice: É tio, mas…

Diomário: Agora essa perda, realmente, é o que a minha percepção que eu tenho é essa, é que essa perda ela foi desonesta.

Janice: Não foi…

Diomário: Ela foi inclusive numa operação de risco, e a tua mãe, eu e a tia Maike, nós concordamos que fosse feito. [ininteligível] autorização dos irmãos. [ininteligível]

Pedro: Oi, tudo bem? [ininteligível] Opa… ‘tá’ bom.

Diomário: Então na época, na época em que ele reuniu a família [ininteligível] pra solicitar que fosse feita a operação pra que ele pudesse pegar o [ininteligível] e dólares acho que ele [ininteligível] emprestado na época, [ininteligível] a situação dentro da seguradora era [ininteligível], aí ele fez o seguro e perdeu o seguro também [ininteligível]… na época nós tinha…

Pedro: Ai, ai…

Diomário: Na época, se a [ininteligível] perdeu tudo, [ininteligível] e ele não poderia ter usado as ações como garantia. Mas a nossa resposta não foi essa. [ininteligível] tudo bem. [ininteligível] assumiu o risco. [ininteligível] vamos ganhar juntos. Aí que ele fez inclusive uma recomposição [ininteligível], jogando a favor da sua mãe, a favor da Maike, ele fez uma recomposição para que as ganhasse, nós todos saíssemos ganhando…

Pedro: [ininteligível] essa coisa de garantia né. O tio ‘tava’ falando acho que agora é a hora de se falar mesmo as coisas…

Diomário: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] se não fosse [ininteligível] o ano passado, [ininteligível] um edifício lá na, [ininteligível], ele que me deu todo o aconselhamento… fechei

Pedro: Além de ser amigo particular né…

Diomário: Particular, [ininteligível], me ajudou com [ininteligível], Blumenau, [ininteligível]. No momento da construção [ininteligível], ele teve problema lá com [ininteligível], ele tinha que fazer o [ininteligível] prazo, quarenta dias. Fazer a base, [ininteligível] se ele não fizesse aquela base naquele prazo ele perdia o direito de construir o prédio lá em Blumenau.

E esta exigência foi feita exatamente no momento em que estava fechado o crédito com as imobiliárias, ‘tava’ fechado [ininteligível], ele veio inicialmente me pedir recursos emprestados… e aí eu dei a resposta, nós não podemos emprestar porque o dinheiro que eu tenho lá, [ininteligível]… o valor do que eu tava recebendo [ininteligível] do depósito, e exatamente pra não mexer na conta, nós preferimos não ganhar o dinheiro do que mexer na conta e criar um precedente de tirar o dinheiro da conta [ininteligível]. 

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] igual né, quando foi mexer.

Diomário: [ininteligível] tinha seis milhões apresentando garantia do financiamento, mas a linha imobiliária ‘tava’ fechada. Então qual é a alternativa que nós achamos, é ele fazer um empréstimo no Banco do Brasil, em Blumenau, porque nós conversamos com o gerente do Banco do Brasil [ininteligível], então esse [ininteligível] pode servir de uma outra garantia, o financiamento que ele faz, e obteve uma taxa privilegiada, [ininteligível], se propunha inclusive a repassar pra nós, nós não aceitamos porque eu disse ‘eu não aceito’, eu não quero ganhar, primeiro, não aceitamos [ininteligível], segundo, como ele teve uma taxa privilegiada ele se propôs a transferir aquele dinheiro [ininteligível], fazendo uma operação ao seu favor, você sempre nos ajudou, não quero ganhar dinheiro em cima de você. 

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] zero, zero, cinco. Ele tinha a garantia [ininteligível], a última, a última prestação agora. [ininteligível]

[ininteligível] com o Klaus, [ininteligível].

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] é por isso o que nós conversamos aqui, com a Dona Lia, com o Klaus, e realmente, eu não me senti na obrigação de conversar [ininteligível], mas se algum dia você me perguntasse [ininteligível], eu teria respondido assim.

Pedro: [ininteligível] são adultos, falar com todos, entendeu. Porque o tio, entendeu… Eu acho que isso é uma coisa que é feita, que todo… porque o Klaus precisa saber, e a gente não tem direito?!  Isso que eu acho, porque claro, me desculpa, eu tenho vinte e oito anos, ‘tá’… só que assim, sempre foi tudo feito e eu nunca participei nesse, nesse ponto assim, entendeu… pô, acho que seria uma atitude legal de vocês, vir me chamar e “isso, isso e isso”, porque eu também sou uma parte interessada na história… entendeu? Daí vocês é que me afastam, não sou eu que me afasto… vejam o meu lado…

Janice: [ininteligível] não é bem assim… [ininteligível]

Diomário: Vocês ficaram sabendo dez minutos depois que eu comuniquei a Dona Lia que [ininteligível]…

Pedro: Ela, ela me falou… ela me disse que o filho veio aqui pra ela assinar um documento… [ininteligível] chamar ela. [ininteligível] preciso assinar [ininteligível].

Janice: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível]

Janice: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] ao meio-dia pra assinar o documento.

[ininteligível]

Diomário: [ininteligível] a Dona Lia não se lembra [ininteligível].

Pedro: [ininteligível] é normal eu querer saber. Não, não é por maldade, por desconfiança. É que é uma pergunta que eu fiz [ininteligível] óbvio. É normal. Como o tio falou, se você tivesse perguntado eu teria falado, então por que não, sabe, por que não? [ininteligível] eu fico sabendo por terceiros, [ininteligível] assinar o papel? Poxa, custa dizer? Já que tudo que é feito de importante é comunicado, eu acho que é uma atitude normal de quem ‘tá’ tomando as rédeas da coisa, que é o tio Klaus, e você e a Omma, ‘tá’, comunicar a gente… por que senão, a gente fica imagina mil coisas… e a gente já foi muito prejudicado, o tio sabe… eu não quero brigar, de maneira nenhuma, é a única família que eu tenho… entendeu? Mas, o tio entende, o tio entende?

Diomário: [ininteligível] regra [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] mas ponha-se no meu lugar… 

Diomário: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] mas eu não tenho dificuldade, não…

Diomário: [ininteligível]

Pedro: [ininteligível] eu fico puto, [ininteligível] eu fico bravo [ininteligível]…

Diomário: [ininteligível] mais uma, [ininteligível] mal-informado… [ininteligível] 

Pedro: [ininteligível] da cadeira eu não sabia que era da tia Maike, e a Omma que falou que [ininteligível]… 

Diomário: [ininteligível] mas esse [ininteligível]

Pedro: [ininteligível]

Diomário: [ininteligível] é que efetivamente você…


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