Confira quanto o blumenauense está pagando a mais por produtos e serviços nos últimos meses

Dados são referentes a comparação de fevereiro de 2021 até fevereiro de 2022

Um assunto bastante conversado nos caixas de supermercados ou de estabelecimentos comerciais atualmente é o valor dos produtos e serviços. “Ficou mais caro” e “ tudo muito caro”, são algumas das frases mais ditas pelos clientes.

E essa avaliação do público médio em Blumenau não está errada. De acordo com pesquisa realizada pelo Departamento de Economia da Furb, o Índice de Variação Geral de Preços (IVGP) na cidade aponta um aumento de 8,49% nos últimos 12 meses – dados referentes até 28 de fevereiro deste ano.

A pesquisa engloba 511 itens, desde os produtos encontrados em supermercados, como alimentícios e não alimentícios, até combustíveis, preço de serviços de saúde, educação, transporte e contas de casa como energia, gás, água e internet. Veja aqui a lista completa.

Os dados são colhidos a partir de um acompanhamento mês a mês e trazem desde as variações mensais, semestrais e anuais. Como é realizada há anos, o IGVP calculado pela Furb também tem série histórica, mostrando todos os aumentos desde 1993.

Durante o mês de fevereiro deste ano houve uma variação na ordem de +1,19%, enquanto a variação acumulada dos últimos 12 meses, como já destacada, foi de +8,49%.

Neste um ano, os produtos que mais apontaram variação foram os itens diversos, que englobam eletrodomésticos, autopeças, materiais de construção e de escritório, com 10,88% de aumento nos preços. Os serviços de saúde, educação e recriação tiveram aumento de 8,23%; os alimentícios 7,72%; e os não alimentícios 7,56%.

A taxa mensal equivalente ao acumulado dos últimos 6 meses apontou um aumento de preços por mês de 0,54% nos produtos. Já em relação aos últimos 12 meses, apontam uma variação de +0,68% por mês.

Para o professor e mestre em economia Jamis Antônio Piazza, vários motivos configuram esses aumentos no preço dos produtos pagos pelos consumidores. Entre os principais estão a instabilidade política, aumento da taxa de juros Selic, a crise hídrica, além do aumento no preço dos combustíveis e energia elétrica e das comoditties.

Cesta básica

Se os aumentos contabilizando itens que nem todo mundo usufrui já são considerados altos, a cesta básica vem apontando dados ainda piores aos consumidores. Informações divulgadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apontam aumento de 17,81% em Florianópolis, capital de Santa Catarina – dados são divulgados apenas nas capitais.

O valor da cesta em Florianópolis chega a R$ 745,47 em março, sendo a terceira maior do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. O valor é equivalente a 61,4% do salário mínimo brasileiro, de R$ 1.212.

Em novembro do ano passado, o jornal O Município Blumenau realizou uma pesquisa dos produtos da cesta básica nos supermercados da cidade. Confira aqui na íntegra.

Na época, o preço dos 13 produtos na quantidade listada pelo Dieese apontaram uma média de R$ 578,52, equivalente a 52,6% do salário mínimo de 2021 – de R$ 1.100.


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