Conheça a mulher que diz ser bruxa em Guabiruba
Luária mora no bairro Aymoré
Há quem ainda associe a palavra bruxa à figura caricata dos contos infantis — uma mulher de nariz alongado, cabelos desgrenhados e riso maléfico. No entanto, essa imagem começa a se desfazer diante de uma presença singular.
Nesse contexto, em Guabiruba, mais precisamente no bairro Aymoré, vive uma bruxa de verdade, e é justamente nesse cenário que sua história ganha ainda mais encanto.

A bruxa Luária
Diferente das personagens que habitam histórias sombrias, trata-se de uma mulher que se apresenta como Luária — guardiã de afetos, preservadora de saberes antigos e conduzida pela luz da ancestralidade.
Por essa razão, seu nome de batismo permanece em silêncio, reservado à sua intimidade, e desse modo ecoa em mistério contínuo.
Para todos que a cercam, ela é conhecida por Luária — denominação que, segundo ela, surgiu da comunhão entre a natureza e o silêncio.
A bruxa de raízes antigas
Aos 50 anos, completados em 2025, Luária carrega uma trajetória marcada por raízes profundas e ensinamentos que transcendem o tempo.
Natural da cidade gaúcha de Uruguaiana, foi criada pela avó — mulher sábia que preservava rezas, benzimentos e rituais transmitidos por gerações.

A bruxa de muitas jornadas
Além desse legado ancestral, sua trajetória também foi marcada por diferentes experiências profissionais.
Em fases distintas da vida, ela trabalhou como frentista, bombeira voluntária, operadora de telemarketing, atuou em oficinas ligadas à eletrônica e até na área da saúde.
Esses caminhos, por vezes inesperados, revelam que ser bruxa não a limita, mas amplia sua visão sobre o mundo e reforça a ideia de que espiritualidade e vida prática podem coexistir em plena harmonia.

Presença acolhedora
Atualmente, é reconhecida pela comunidade não como figura de temor, mas como presença acolhedora.
Com efeito, vizinhos e amigos costumam procurá-la em busca de benzimentos, palavras de conforto ou simplesmente uma escuta atenta.

Refúgio de memórias
Ao adentrar sua residência, uma atmosfera se impõe — expressão então viva de uma identidade única, moldada por memórias e tradições.
Elementos simbólicos que atravessam séculos compõem o ambiente. Nesse convívio de tradições, uma vassoura repousa num canto, enquanto pequenos amuletos traduzem fé e proteção.
Também presentes nesse cenário, pois, os bonecos confeccionados por Luária ganham destaque — figuras típicas moldadas pelo artesanato e pela espiritualidade.
E é nesse mesmo espaço que se revela seu refúgio criativo: a mesa de crochê, onde pontos e linhas se entrelaçam em peças que carregam calma e afeto.

Bruxas do cotidiano
“Quantas mulheres carregam dentro de si uma bruxa adormecida, mesmo sem saber?” — a pergunta ecoa no tom reflexivo de Luária.
Segundo ela, muitas delas ainda recorrem aos benzimentos, seja para aliviar um mal-estar físico, seja para restaurar a paz de espírito.
A prática, longe de ser vista como superstição, permanece como elo entre passado e presente, entre fé simples e vida cotidiana.
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