Corregedoria da PRF vai a Ibirama ouvir motorista que denunciou Jaguar

Veja o que Silvio Bambinetti dirá aos policiais no encontro agendado para esta noite

O morador de Ibirama que denunciou à Polícia Rodoviária Federal o Jaguar dirigido por Evanio Wylyan Prestini, 31 anos, minutos antes de ele causar uma tragédia na BR-470, será ouvido nesta noite pela Corregedoria da corporação.

Segundo Silvio Bambinetti, 43 anos, profissionais de Florianópolis fizeram contato na manhã desta segunda-feira e agendaram a conversa para esta noite, em Ibirama. O objetivo é averiguar a conduta dos policiais que receberam a denúncia, conforme anunciado pela corporação.

À reportagem de O Município Blumenau, Bambinetti contou detalhes de como tentou alertar sobre o risco representado pelo motorista embriagado.

O relato

Por volta das 5h20, ao avistar o Jaguar em zigue-zague na BR-470, em Apiúna, Silvio Bambinetti telefonou para o 190, número de emergência da Polícia Militar. Uma policial que recebeu o chamado explicou que a rodovia é federal e a PRF deveria ser acionada.

Bambinetti então ligou para o número 191. Segundo ele, neste momento várias pessoas falavam dentro do carro e o clima era de nervosismo com a situação (ele estava acompanhado da esposa, da filha e de uma sobrinha). O motorista informou a placa do Jaguar e a ligação foi encerrada (Bambinetti não tem certeza se o patrulheiro desligou ou a ligação caiu).

Poucos minutos depois, sem a certeza de ter sido bem compreendido, ele voltou a telefonar para o 191. Neste momento, a esposa do motorista gravava com o telefone celular as manobras arriscadas do Jaguar. É o vídeo que viralizou:

“Em nenhum momento ele (o policial) me pediu para repetir a placa, ele me compreendeu. Acho que ele me atendeu com displicência”, critica.

No posto da PRF

Bambinetti seguia de Ibirama para o litoral. Logo após desligar o telefone, ultrapassou o Jaguar e seguiu viagem. Ao chegar no posto da Polícia Rodoviária Federal, em Blumenau, entrou na via marginal que passa em frente ao posto e viu todas as luzes apagadas. Decidiu não parar o carro.

“Quando passei na frente, imaginava que ia ter carros esperando o cara. Eu passei na marginal, vi que estava tudo escuro. Na hora pensei que já tinha feito a minha parte. Se vocês estão indignados, imaginem a minha situação! Eles poderiam ter evitado, os caras estão ali para isso”, afirmou.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que não vai se manifestar sobre o caso porque já emitiu uma nota oficial. Porém, diversas perguntas seguem sem resposta.

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