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Covid-19: Mais de 60% da população catarinense está em isolamento, calcula PM

Desde o início das medidas restritivas em combate ao novo coronavírus a Polícia Militar de Santa Catarina tem acompanhado o número de catarinenses em isolamento. Fazendo uso de dados de localização, coletados dos celulares é possível acompanhar os números.

Em 18 de março, primeiro dia de validade do decreto estadual, 62% das pessoas dessas áreas monitoras não tiveram grandes movimentações. A última semana registrou 64,6% da população que adotou o distanciamento social, estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde.

Uma tecnologia similar foi usada pela Google, que mostrou que Sanca Catarina tem sido o estado onde mais pessoas cumprem o isolamento domiciliar. Enquanto a presença de pessoas em parques e lojas reduziu 80%, rodoviárias tiveram uma queda de 76%, supermercados e farmácias 49% e locais de trabalho 40%. Já os ambientes residenciais apresentaram aumento de 20%

O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior, afirmou que, em Santa Catarina, na medida em que o tempo foi avançando, apesar da flexibilização do retorno de alguns setores de forma gradual, a população se manteve em casa. “Tivemos uma redução da imobilidade, daqueles que estavam em isolamento, de aproximadamente 6% apenas”.

Para ele, isso significa que a educação e a orientação vão substituindo a fiscalização e a normatização. “Nós estamos conseguindo manter padrões aceitáveis de isolamento social na maior parte de Santa Catarina”, diz o comandante.

Segurança de dados

Para o monitoramento do grau de isolamento social, é usado uma tecnologia que mapeia a localização de mais de um milhão e meio de celulares de Santa Catarina. O serviço também mede quantas pessoas se deslocam nesse período, do seu endereço original por mais de três horas. Os dados integram a base de dados da In Loco.

A empresa fornece um sistema de geolocalização presente em aplicativos instalados em cerca de 60 milhões de celulares no país. A companhia destaca que não há envio de dados individuais e que as informações serão apagadas após o fim da pandemia. Os governos têm acesso aos mapas (com a localização) e recebem estatísticas. Não é possível identificar os usuários.

Em Santa Catarina, os dados são analisados em conjunto com outras ferramentas de tecnologia que já estavam à disposição. “Na instância estratégica, estamos usando essa informação para formar opinião sobre a maior ou menor restrição de atividades econômicas com base no acompanhamento do grau de isolamento. No nível operacional, estamos fazendo uma experiência de direcionar ações de patrulha para locais que apresentam baixo grau de isolamento social”, explicou o coronel Araújo Gomes.