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De forma unânime, trabalhadores do transporte coletivo de Blumenau descartam greve

Após votação, os trabalhadores do transporte coletivo de Blumenau decidiram, de maneira unânime, não deflagrar greve. A assembleia foi dividida em duas partes, uma na manhã e outra na tarde desta segunda-feira, 4.

O sindicato da categoria, Sindetranscol, pretende retomar a conversa com a empresa responsável pelo serviço, a BluMob. A Convenção Coletiva deveria ter sido assinada na semana passada. A data-base está fixada em 1º de novembro.

“A proposta é que não se decida o encaminhamento do movimento e que a luta continua. Estamos pra baixo, mas não vamos desistir de ir à luta. Outro dia faremos nova assembleia, mas ainda não há uma data”, afirma Ricardo Freitas, assessor sindical. E

mbora tenha sido descartada a ideia de greve, a proposta da empresa, tratada como “migalhas”, não foi discutida.

De um lado, os representantes fazem algumas reivindicações, entre elas o aumento real nos salários. De outro, a BluMob se nega a atender ao pedido sob a justificativa de que isso causaria aumento de R$ 0,22 na tarifa.

Na conversa que reuniu os colaboradores, o sindicato garantiu que novas paralisações, como a que ocorreu na quinta-feira, 31, não serão feitas, ao menos pelos próximos dias.

Reivindicações

Na lista de reivindicações da Campanha Salarial 2019/2020 estão a alteração do tempo de intervalo (uma hora e meia), mudança da data-base para setembro e da nomenclatura da função de cobrador para agente de bordo.

Além disso, o Sindetranscol pede não só a reposição da inflação do período de 1º de novembro de 2018 a 31 de outubro de 2019, como também 5% de aumento real nos salários. Para o vale-alimentação, reajuste de 10%, passando dos atuais R$ 800 para R$ 880.

Determinação judicial

Neste fim de semana, a BluMob divulgou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho em conceder liminar que determina que o Sindetranscol “se abstenha de realizar greve e quaisquer paralisações totais dos serviços de transporte coletivo urbano de passageiros de Blumenau”.

A exigência é que 90% dos trabalhadores permaneçam ativos nas funções de motorista e cobrador, em todos os horários, proibindo também a realização de paralisações sem prévia aprovação em assembleia.

Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 100 mil, com autorização de bloqueio imediato do valor da multa na conta do sindicato.

Durante a assembleia, Freitas falou sobre o assunto. Disse que o sindicato está tomando as medidas jurídicas necessárias para derrubar a decisão. “É uma luta contra o poder público, a empresa e até a Justiça, de uma certa forma”, concluiu.

O Sindetranscol espera a participação de mais trabalhadores para realizar uma nova reunião com a categoria. Algo que ainda não tem data para acontecer.