Defesa diz que vereador se colocou à disposição da família de adolescente atropelado
Polícia apreendeu veículo do parlamentar nesta terça-feira
Por Bianca Bertoli- 21/08/2019
- 14:13
A defesa do vereador Acindino Mafra (MDB) enviou nota à imprensa sobre o atropelamento do adolescente de 16 anos na BR-470. As advogadas afirmam que o policial civil aposentado procurou a delegacia um dia após ter se envolvido no acidente.
Ele teria confirmado ser o motorista do Renault Capur que atingiu o rapaz na noite de sábado, 17. As defensoras Gisela e Camila Testoni também garantem que o vereador se colocou à disposição da família da vítima e que “tomou providências no Hospital Santa Isabel”, onde o menino está internado na UTI após sofrer traumatismo craniano.
De acordo com a Polícia Civil, imagens de câmeras de segurança ajudaram os investigadores a descobrirem qual era o carro e, por consequência, o proprietário dele. Apesar do mandado de busca e apreensão do veículo ter sido cumprido, nenhum outro pedido foi feito pelas autoridades policiais até a noite desta terça-feira, 20.
Mesmo antes de ter sido acionado para esclarecimentos, Mafra entrou com um pedido de habeas corpus preventivo. A Justiça negou o recurso nesta terça.
“Isso porque a investigação policial sequer aportou a este Juízo para análise, inexistindo pedido de prisão preventiva do paciente ou indícios de que a autoridade policial entenda cabível formular tal pleito”, escreveu na decisão o juiz Josmael Camargo.
A defesa explicou que tomou a decisão de solicitar o habeas corpus porque “viu-se, nos últimos tempos, inúmeros casos a segregação do condutor”.
“Logo, pelo fato do Sr. Acindino Mafra tratar-se de agente de polícia civil aposentado, tendo atuado na função por mais de 4 (quatro) décadas, ser réu primário e com bons antecedentes, para que ele não corre-se qualquer risco de ter sua liberdade tolhida, considerou-se prudente impetrar o Habeas Corpus Preventivo”, escreveram as advogadas.
A defensora conta que levou o cliente à delegacia também nesta terça-feira, mas Mafra não foi ouvido. “O acidente trata-se de uma fatalidade e que os fatos devem ser apurados a fim de identificar o verdadeiro culpado”, finalizou.
