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“Ela jamais será esquecida”, comenta filho da quinta vítima de Covid-19 em Blumenau

Colaborou Cristóvão Vieira

Mãe de três e vinda na roça, Cidary da Cruz Peters veio parar em Blumenau após muitas mudanças buscando sossego. Ao lado do esposo, que conheceu em General Carneiro, no Paraná, ela buscava paz para criar seus filhos.

Infelizmente, nesta quarta-feira, 11, a história de Cidary chegou ao fim. A idosa foi a quinta vítima da Covid-19 do município. Ela estava internada na UTI há mais de dez dias e foi sepultada no cemitério Santa Cruz, na Velha Central.

Na última sexta-feira deste mês, dia 26, Cidary completaria 81 anos. Ela cresceu com cinco irmãos e descrevia os pais como rígios, mas carinhosos. Após ter dois filhos, ela e o marido se mudaram para Porto União, onde tiveram o terceiro.

Os filhos Valmir, Admir e Maria, lembram da matriarca com carinho. Para ajudar a sustentar a família, ela trabalhava como faxineira. Após sua aposentadoria, a moradora de Blumenau acabou desenvolvendo diversos problemas de saúde.

“Mas ela nunca perdeu a esperança. A partir daí, passou a se dedicar somente a cuidar dos netos”, conta Valmir.

A saúde de Cidary foi ficando cada vez mais debilitada. Por este motivo, a descoberta da Covid-19 em maio deste ano só aumentou a preocupação da família. Após ser internada, ela só teve contato com os filhos e netos por vídeo-chamada.

“Conversamos bastante, rimos e aproveitamos bastante esse tempo. Foram feitas muitas orações para que ela se recuperasse, mesmo não sendo assim que a história acabou”, lembra o filho.

O óbito da idosa foi declarado às 21h45. Entretanto, a família reforça o agradecimento a todos os profissionais de saúde do Hospital Santa Isabel que cuidaram de Cidary e possibilitaram que eles mantivessem o contato, mesmo que virtualmente.

“Durante sua vida, teve diversos momentos felizes e foi amada por todos da família. Ela foi uma pessoa muito doce e carinhosa, se relacionava bem com as pessoas e nunca perdeu a fé. Cidary, você jamais será esquecida!”, completa.