Em busca de espaço: banda de rock alternativo de Blumenau lança EP independente com cinco músicas novas

Ahab Sealife Conservation Inc. já conta com mais de 30 faixas

Um rock alternativo que traz a energia do pós-punk lo-fi, bebe do surf rock, traz referências visuais da década passada com a pegada de Faça-Você-Mesmo e produções econômicas. Quem ainda pensa que a Ahab Sealife Conservation Inc. não tem personalidade deveria ler esse parágrafo de novo.

A banda blumenauense composta por Pedro Museka, no baixo e vocal, Gustavo Hames na guitarra e o bateirista Henrique Buzzi já conta com mais de 30 faixas gravadas. A última, Inflasamba, foi lançada há quinze dias com cinco músicas novas.

Os novos lançamentos são uma homenagem à banda antiga. Ahab surgiu em 2016 enquanto Pedro conduzia um projeto solo e a banda Inflasamba com os amigos. Após dois anos, com a Ahab ganhando proporção, eles decidiram unificar as iniciativas.

“Saiu em 2018 o albúm White Whale e acabamos decidindo juntar o projeto solo e a banda em uma coisa só. Em homenagem a Inflasamba, a gente criou esse último EP”, afirma.

Foto: Gabriella Prussak / Divulgação

Nome da banda

Ahab Sealife Conservation Inc. tem um nome característico e próprio, que pode parecer exagerado no começo, mas os membros afirmam que a decisão foi proposital. O vocalista da banda comenta que eles estavam buscando por algo que fosse longo e difícil de ser encontrado, “Isso é meio bizarro, mas queríamos algo que não fosse super-comercial”, comenta.

O primeiro nome vem do Capitão Ahab, personagem fictício do livro Moby Dick, de Herman Melville. ‘Sealife Conservation Inc.’ se traduz como “Empresa de Conservação da Vida Marinha”. Pedro ainda comenta que eles queriam trazer esse tema dos mares para o visual da banda.

“A obsessão da vida dele [Capitão Ahab] era achar a grande baleia-branca para ter uma vingança. A ideia de ter uma empresa de conservação de aquática com esse personagem é bem contraditório e irônico”, argumenta.

Pandemia

Diversos artistas tiveram dificuldades durante a pandemia de Covid-19. Os membros ainda comentaram que não foram tão afetados diretamente, mas que precisaram desmarcar os primeiros shows presenciais da banda.

“Um contratempo, com certeza, mas tivemos colegas que foram bem mais afetados. Vimos casas de show fechando, coletivos culturais encerrando as atividades. O problema é que a base da cena sofreu muito com isso e não sabemos como isso irá se recuperar”

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A Ahab ainda não conseguiu fazer shows presenciais já que precisou desmarcar os eventos no começo de 2020, mas que está com o desejo de subir no palco e ver os fãs de perto.

“Conseguimos matar um pouquinho da vontade com nossa apresentação para o 5º Festival de Música da UFSC, onde gravamos uma apresentação ao vivo de 4 canções nossas”, reforça.

Parceiros

Pedro ainda comenta que a Ahab é uma produção coletiva, com apoio de diversas pessoas e empresas para fazer o som acontecer. A filosofia de produzir com o mínimo de recursos possíveis gera um grupo que doa o máximo de energia possível nos projetos.

“Somos eternamente gratos ao Estúdio Bacca, por ceder o espaço para a gravação dos nossos materiais. Também devemos muito ao Lucas Boa Viagem que fez o mix e o master do álbum New Material e masterizou o novo EP, assim como o Arieu Felipe que nos ajudou com a gravação do Samba Sessions e Fernanda van der Broocke que produziou o vídeo de Sunny Sunset Beauty Clinic”, finaliza.

Confira o álbum novo:


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