Ex-trabalhadores do Consórcio Siga fazem manifestação por dívida de R$ 35 milhões

O dia 23 de janeiro é o "aniversário" de quatro anos de extinção do Consórcio Siga, em Blumenau

O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Blumenau (Sintraseb) reuniu ex-funcionários do Consórcio Siga na manhã desta quinta-feira, 23, para destacar o “aniversário de quatro anos” de rescisão dos contratos das empresas com a prefeitura da cidade. A manifestação aconteceu na antiga sede da empresa Glória, na rua 2 de Setembro, na Itoupava Norte. Um segundo encontro está marcado para as 15h, no mesmo local.

Como alvo dos protestos está o executivo blumenauense. Os líderes sindicais apontam o ex-prefeito Napoleão Bernardes como principal culpado por todos os imbróglios que levaram a rescisão dos contratos e falência da empresa Glória, deixando uma dívida com os trabalhadores.

“O papel do executivo era fiscalizar a empresa, isso estava em contrato assinado, mas o município se isentou, deixou tudo acontecer pra no final disso rescindindo o contrato (…) mas não é só o Napoleão, o ex-prefeito João Paulo também tem culpa, o Mário Hildebrandt que era vice também”, destacou Ricardo Freitas, assessor do sindicato.

“O município rescindiu os contratos sem se importar com a dívida com os trabalhadores, que estão até hoje sem receber”, destacou também o advogado do Sintraseb, Léo Bittencourt.

Uma das trabalhadoras presentes é Ana Paula Batista, de 30 anos, que trabalhou por oito anos para a empresa Glória. A dívida com ela consiste nos depósitos de FGTS de ao menos quatro anos, os salários de dezembro e 13º de 2015 e janeiro de 2016, além de outros benefícios. Ela conta que acumulou dívidas na época.

“Estava com filho pequeno na época, foi bem complicado. Sujei nome, fiz contas com bancos”, desabafa.

Segundo Bittencourt, a dívida com os cerca de 1150 trabalhadores pode chegar a R$ 35 milhões, sendo quase toda ela com os funcionários da extinga Glória. “Só tem um patrimônio disponível que é pequeno, a garagem no Garcia. Então se arrecadar R$ 1 milhão é bastante. Mas pra 35 milhões não é nada”.

Imóvel abandonado

Outro alvo das manifestações do sindicato e trabalhadores é a antiga sede da Glória. O imóvel pertence a um banco, por contrato de garantia. “o sindicato contratou um escritorio especializado nesse tipo de processo pra saber o que pode ser feito aqui”, destacou Bittencourt.

Foto: Jotaan Silva / O Município Blumenau

Atualmente o imóvel está abandonado e é utilizado por moradores de rua e usuários de drogas. A estrutura que contava com garagem, setor administrativo, oficina mecânica, posto para abastecimento e etc está em desuso desde o término do contrato do Consórcio Siga com a Prefeitura de Blumenau, há exatos quatro anos, no dia 23 de janeiro de 2016.

Foto: Jotaan Silva / O Município Blumenau
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