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Fiéis fazem peregrinação até o Santuário de Santa Paulina

Nem o frio, o longo e íngreme caminho ou mesmo a densa neblina na manhã desta Sexta-Feira Santa, 19, impediu que milhares de fiéis realizassem a tradicional peregrinação até o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento.

Grupos dos mais distintos lugares do estado se reuniram para empreender a aventura que reúne espiritualidade, prática esportiva e o contato com a natureza no feriado. Os meios de locomoção foram os mais variados: a pé, de bicicleta ou até mesmo a cavalo, os quilômetros até o santuário foram cumpridos como forma de sacrifício, agradecimento por graças alcançadas, pagamento de promessas e penitências.

Um dos caminhos mais percorridos foi no bairro Cedro Alto, em Brusque, em uma estrada de chão que sobe por morros e paisagens em meio à mata.

Os grupos eram os mais variados possíveis. Solitários caminhantes, casais, grandes turmas de amigos e colegas de pedal se juntavam à peregrinação.

Longa penitência

Tairine Pereira Costa e Janete Severino fizeram trajeto a pé de Camboriú. Foto: Cristóvão Vieira

Moradora de Itapema, Tairine Pereira Costa foi de carro até a casa da amiga Janete Severino, em Camboriú. De lá elas iniciaram a peregrinação a pé até o Santuário de Santa Paulina, também passando por Brusque em meio à neblina e aos diversos outros peregrinos que cruzaram pelo caminho das mulheres.

A caminhada começou às 20h de quinta-feira, 18. Por volta das 7h elas já estavam na subida da Estrada do Imigrante, que liga os bairros Dom Joaquim e Cedro Alto até Nova Trento.

“Eu já fiz esse trajeto quatro vezes. Tenho um propósito, venho para agradecer e buscar a minha superação”, afirma Janete.

Tairine confessa que a jornada não foi fácil.

“Dá vontade de desistir no meio do caminho, mas a gente segue em frente. Gostamos muito daqui, e eu percebo que a preservação da natureza está ótima”.

Prática esportiva

Lucas de Souza Medrado e Jucélio Ademir Vieira Junior pedalaram desde Camboriú. Foto: Cristóvão Vieira

Também vindos de Camboriú, Jucélio Ademir Vieira Junior e Lucas de Souza Medrado fizeram uma pequena pausa no pé do morro para ganhar fôlego, já que pedalavam desde as 3h.

Subida a cavalo

Um dos grupos que mais chamou a atenção na peregrinação foi composto por quatro homens que subiram os morros em cavalos. Lembrando tempos antigos em que colonizadores e imigrantes atravessavam cidades na montaria, eles pediram passagem em cima de bonitos e fortes animais, que mostraram resistência e vigor físico.

Paulo Zanin explica que as motivações para a ida até Madre Paulina depende de cada um dos membros do grupo de cavalgada. “Alguns vão pela fé, outros é porque gostam do passeio a cavalo mesmo. Já participamos há anos da peregrinação e é sempre uma alegria para a gente”.