Menino de Pomerode é chamado para treinar na categoria de base do Flamengo

Goleiro Matheus Peyerl foi integrado no dia em que completou 11 anos, semana passada

De Pomerode, com passagem por Blumenau, para o Rio de Janeiro. O aniversário de 11 anos de Matheus Felipe Peyerl foi marcante para o menino. No mesmo dia em que completou mais um ano de vida, ele se apresentou ao Centro de Treinamento do Flamengo.

O pequeno – nem tanto, já que mede 1,70m – treinou de agosto de 2015 a janeiro deste ano na escola de futebol Spaca Blu, no bairro Fortaleza. Antes disso, os treinos ocorriam na Sociedade Esportiva Floresta, em Pomerode, cidade onde Matheus vivia com os pais e a irmã de 16 anos.

A mãe Roseli Luiza Luetzow lembra que o filho gostava de brincar com a bola nos pés desde muito cedo. Ela e o marido Vilmar Peyerl incentivaram a criança, mas nunca pensaram que um dia o pomerodense estaria na categoria de base do time de coração da família.

Como tudo começou

O talento do menino era percebido nas aulas de Educação Física da escola e nos times da cidade, que vez ou outra convidavam Matheus para jogar. Em um desses torneios, veio outro convite.

Naquele dia de 2015 ele estava jogando a contragosto no gol, pois queria estar na linha. Representantes da Spaca pediram aos responsáveis que o levassem para treinar na escola, que estava com um time sem goleiro.

Depois de um tempo, Matheus, chateado com as goleadas que vinha sofrendo após o time enfraquecer com a saída de alguns colegas, pediu para deixar as traves.

“Eu disse pra ele: ‘Matheus, todos querem a linha. Você jogando no gol vai estar sempre em campo, ganhando ou perdendo vai ter o seu lugar garantido'”, conta Roseli.

A partir daquele momento o flamenguista passou por algumas avaliações, uma delas para o Fluminense, que fez um teste em Gaspar. Em outubro, o teste para o Flamengo deu certo. Depois do primeiro sim, ele ficou em Curitiba para treinar no clube de capacitação de março a maio.

Sonho de flamenguista

No começo deste mês, Matheus e Vilmar, que é aposentado, mudaram-se para uma quitinete no bairro Vargem Grande, no Rio de Janeiro. A mãe, costureira, ficou em Pomerode com a filha mais velha e a avó de Matheus, que é cadeirante.

Enquanto esteve em Curitiba sem os pais, sob os cuidados de mães de outros jogadores, o menino ficou triste e pediu que Roseli o acompanhasse por alguns dias na capital paranaense. O coração ficou dividido, mas as obrigações na cidade impediram a ida dela. Agora está tranquila:

“Sei que é uma mudança muito forte, mas lá ele está com o pai dele. A gente sabe também que cria os filhos para o mundo. Eu não tive essa oportunidade e quero que ele tenha, vale a experiência, o aprendizado. O mais difícil ele já fez: passar pela avaliação”, conclui.

Já matriculado em uma escola próxima ao Centro de Treinamento, Matheus estuda durante a manhã e treina à tarde. Ele deve voltar a Pomerode sempre nas férias do meio do ano e de verão.

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