Fotógrafo blumenauense é acusado de abusar de crianças e adolescentes

Ele não foi preso em flagrante por falta de provas, mas foi acusado de quatro crimes

Um fotógrafo de Blumenau, de 46 anos, está sendo investigado por abuso de menores. A Delegacia de Proteção à Criança, Mulher, Adolescente e Idoso cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito durante esta terça-feira, 26.

Além de atuar como fotógrafo, ele possui um blog e um canal no YouTube onde compartilha conteúdos envolvendo eventos e notícias ligadas ao público infanto-juvenil. Ele conseguia o contato com as crianças e adolescentes, todos do sexo masculino, a partir destes meios.

Assim que os menores se aproximavam pelas redes sociais, ele os incentivava a enviar imagens de nudez e praticar atos libidinosos. A Polícia Civil teve acesso a cerca de cinco mil conversas em que foi possível constatar que ele convidava os menores para ir até a sua residência para editar vídeos, jogar videogame e até mesmo dormir no local. Segundo relatos de duas vítimas, uma hoje com 15 e outra que acabou de completar 18 anos, ao chegar no local ele oferecia bebidas alcoólicas e abusava dos adolescentes.

Ao ser interrogado, o suspeito reconheceu que recebia fotos de nudez de menores de idade, mas que as apagava logo em seguida. De acordo com a DPCami, a prisão em flagrante não pode ser feita por esse motivo. Entretanto, o material recolhido foi encaminhado para a perícia.

Ele foi indiciado por quatro crimes. Um deles do Código Penal, por ter praticado ato libidinoso com menor de 14 anos. E outros três do Estatuto da Criança e do Adolescente, por ter adquirido fotografias pornográficas de menores, assediado as crianças pela internet e também por ter dado bebidas a elas.

A Delegacia de Proteção à Criança, Mulher, Adolescente e Idoso aproveitou o momento para alertar os pais sobre a necessidade de estar atento às amizades dos filhos. Segundo eles, as crianças devem ser instruídas a não estabelecer contato com outros adultos sem o conhecimento dos responsáveis.

O nome do suspeito não pode ser divulgado em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente, que visa preservar a identidade das vítimas.

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