Após um pedido de informações da Câmara de Vereadores de Brusque, o secretário interino de Estado da Casa Civil, Juliano Batalha Chiodelli, negou a possibilidade da construção de um hospital de campanha no Vale do Itajaí. No início da pandemia, uma estrutura destas chegou a ser anunciada pelo governo do estado, mas descartada após série de críticas, principalmente envolvendo o valor da obra.
Segundo o ofício de resposta do secretário interino, “por ora, e sem afastar por completo tal modelo de enfrentamento, entende a Secretaria que a construção de hospitais de campanha não estão no planejamento do estado”.
Ainda de acordo com a resposta de Chiodelli, a Secretaria de Estado de Saúde mudou o modelo adotado para política de incremento de leitos hospitalares, acompanhando manifestação de sua consultoria jurídica. Além de o tema ser controverso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou nota técnica na qual recomenda prudência da administração na escolha deste modelo de combate à pandemia.
O conselho destacou que a construção de hospitais de campanha, embora relevantes no enfrentamento da crise, não deixam um legado útil à sociedade. Esta foi uma das principais críticas quando do anúncio do hospital de campanha de Itajaí, uma vez que as próprias unidades de saúde da cidade e da região poderiam muito bem – se incrementadas com equipamentos e recursos pelo Estado – dar conta dos problemas da pandemia, o que seria mais rentável e ainda deixaria estruturas que ficariam para a sociedade no futuro.