A compreensão de uma expressão livre e natural da sexualidade é o que propõe o livro “Sexualidade Nua e Crua”, de autoria de Renan Carvalho, lançado neste mês de junho pelo Instituto Movimento Orgânico.

A obra traz estudos de antropologia, biologia e psicologia evolutiva para tratar de barreiras que aprisionam as pessoas e que as impedem de viver a plenitude da sexualidade.

Nesta entrevista exclusiva, Renan Carvalho conta um pouco mais sobre o tema.

Ele é líder filosófico do Movimento Orgânico e precursor da Filosofia Orgânica. Autor também do livro O2 – Organizações Orgânicas, escreve para o blog Pensamento Orgânico e é speaker no podcast Orgânicos Anônimos.

Renan Carvalho fala sobre o lançamento do livro “Sexualidade Nua e Crua”. Reprodução/internet

Nascido em Minas Gerais, criado em Goiás, passou boa parte da carreira profissional nos Estados Unidos e atualmente reside em Blumenau (SC), onde atua como mentor e coach de Relacionamentos e Sexualidade.

Leia a entrevista

  • Renan, qual é o olhar que você lança sobre a sexualidade com este livro?

O livro foi escrito após um estudo profundo com evidências concretas sobre como nos desenvolvemos sexualmente ao longo do processo evolutivo. O objetivo do estudo foi esclarecer a diferença que existe entre sexualidade natural do ser humano, que nasceu conosco, está impressa em nossa genética e é algo maravilhoso, e a sexualidade dos mitos, fábulas, crenças paranoicas e repressões que foram geradas e mantidas pelas culturas ao longo da história. Mitos que até hoje acreditamos, e que ainda fazem da sexualidade um dos assuntos mais controversos da humanidade, gerando insatisfações, frustrações, culpas, medos, carências, julgamentos e até violência. Nós crescemos e fomos educados sem aprender sobre a nossa natureza sexual. Escrevi o livro com o objetivo de trazer um conhecimento que talvez nunca tivemos. Para falar sobre tudo aquilo que é natural e aquilo que é forjado pela sociedade, que nos aprisiona em todas essas crenças, tabus e problemas.

Renan Carvalho fala sobre o lançamento do livro “Sexualidade Nua e Crua”. Divulgação
  • O livro trata, então, de como romper essas amarras impostas ao longo da evolução da sociedade?

Sim. A compreensão do que é natural no ser humano nos permite conhecer a fundo, aquilo que é nosso e aquilo que não é, ou seja, aquilo que foi imposto, ou forjado por nossa cultura. Essa consciência nos empodera para que nos libertemos das amarras, repressões e culpas que nos prejudicam, de maneira que consigamos buscar uma plenitude e uma satisfação maior em nossa vida sexual. Na maioria das relações aparece muito essa questão da sexualidade com estigmas e dificuldades. Ao conseguirmos distinguir o que é natural e o que é crença, conforme propõe o livro, e quando criamos consciência sobre essa questão, já estaremos quebrando mitos e barreiras,  e esperamos, assim, estimular um diálogo que possa melhorar os relacionamentos.

  • Fale um pouco sobre  como o livro é dividido.

Tratamos de maneira didática e simples de temas como relações monogâmicas, empoderamento da mulher, vida sexual liberal, as diferenças entre a natureza sexual da mulher e do homem e técnicas de diálogo entre os casais. O livro está dividido em quatro atos:

  • O primeiro busca entender a sexualidade natural do ser humano, vivida pelos antepassados e impressa em nosso DNA.
  • O segundo, a partir da compreensão do que é natural, tem a intenção de distinguir o que não é natural e a paranoia de crenças e julgamentos que a humanidade construiu ao redor da sexualidade.
  • O terceiro traz evidências atuais sobre a realidade monogâmica e a libertação sexual da mulher, vinculadas a um estudo  que desenvolvi  a respeito do universo liberal.
  • No quarto ato, eu exploro situações reais e possibilidades ou novos caminhos para os relacionamentos, fundamentados pelos conhecimentos científicos, filosóficos e históricos trazidos no próprio livro.
  • Como as pessoas podem adquirir a obra?

O livro está disponível para compra na versão impressa ou ebook (Kindle) na Amazon ou pelo site do Instituto.