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Homem é condenado após estuprar mulher na frente dos filhos, em Blumenau

Um homem foi condenado a 20 anos de prisão após estuprar uma mulher na frente dos filhos dela no bairro Itoupavazinha em Blumenau. O crime aconteceu no dia 21 de fevereiro de 2018, por volta das 21h, quando o réu roubou a vítima e abusou dela, além de manter a família trancada por cerca de três horas.

De acordo com o relato da vítima, ele entrou usando uma camisa verde e azul tampando o rosto. Ele conseguiu acessar a residência utilizando um sofá e uma cadeira, entrando pela sacada do quarto. Porém, ela reconheceu a voz dele.

Esta não foi a primeira vez que ele invadiu o imóvel, tendo usado a casa dela para se esconder após uma briga cerca de duas semanas antes do ocorrido. Nesta primeira vez, ele passou cerca de trinta minutos no local e não fez nada além de pedir que ela mantivesse a calma.

O crime foi premeditado e ele já entrou no quarto ordenando que ela apagasse as luzes e ficasse quieta. Ele a agarrou pelo pescoço e começou a esfregar o pênis nela dizendo “eu sei que vocês têm dinheiro”. As duas crianças, uma de cinco anos e outra de um ano e dois meses, estavam no mesmo cômodo.

Ele conseguiu fazer com que ela desse dinheiro para ele e também pegou o celular dela. Foi após conseguir os bens que os abusos começaram. Ele arrancou a bermuda que ela vestia e estuprou a vítima. Durante o ato, em que ela implorava para ele parar, ele usou um preservativo masculino, que foi usado como evidência do crime.

Por último, ele determinou que a mulher se trancasse no banheiro com os filhos e “não desse nenhum pio”. Ele então foi embora levando o celular dela e, durante a fuga, deixou cair a camisa que usava para esconder o rosto. Enquanto isso, a mulher aguardou o marido chegar em casa, o que só aconteceu perto da meia-noite.

Após as investigações, a polícia apresentou à vítima e aos vizinhos a foto do denunciado, que foi reconhecido por ela e por um morador da rua que testemunhou o agressor. A vítima desenvolveu estresse pós-traumático e teve que se afastar do trabalho após o ocorrido.

Segundo ela, o agressor tentou invadir a casa mais uma vez na semana seguinte. Ele chegou de madrugada, mas foi flagrado pelo marido dela, que estava sozinho em casa. Ela não estava porque passou um tempo morando com a mãe, por medo de ficar no local.

Réu tentou alegar que eles tinham um relacionamento

Após ser condenado, ele tentou recorrer à decisão alegando que a relação foi consensual, porém as provas e o fato de ele já possuir outras três condenações por roubo fez com que ele tivesse o pedido negado.

Segundo o réu, ele conheceu a mulher em dezembro de 2017. Ele voltava do trabalho no fim da tarde e via ela na frente de casa esperando pelo filho. Na versão dele, os dois mantiveram um relacionamento e largaram os cônjuges para ficarem juntos, porém ela desistiu do combinado quando soube que ele cumpria pena em regime aberto.

O condenado também afirma que o celular foi um presente dela e que o mal entendido foi causado pelo marido dela. Ele assumiu ter relações com a vítima no dia da denúncia, mas insiste que foram consensuais. Porém, ele não tinha nenhuma prova para sustentar as alegações.

O réu morava na mesma rua da família, o que explicaria ele invadir o imóvel mais de uma vez e ter sido facilmente reconhecido pelos vizinhos. De acordo com os moradores da região, ele tinha o hábito de observar casas onde outras mulheres moravam.

Assim que ele soube que o estupro estava sendo investigado, ele tentou fugir da cidade. Entretanto, a Polícia Civil o encontrou em Chapecó, graças ao celular roubado.

A identidade dos envolvidos não foi divulgada para proteger as vítimas.