Hospital de Blumenau realiza primeira cirurgia torácica com robô de Santa Catarina

Especialistas do Santa Isabel realizaram procedimento inédito para tratamento de metástases pulmonares

O Hospital Santa Isabel realizou recentemente a primeira cirurgia torácica robótica de Santa Catarina. O procedimento aconteceu no dia 29 de maio, sob comando dos doutores Eduardo dos Santos Ballester e Marina Frandoloso, médicos do Corpo Clínico da instituição blumenauense.

Eles são especialistas em cirurgia torácica e habilitados para operar o robô-cirurgião Da Vinci Si. O Santa Isabel é o único hospital do estado catarinense a oferecer esse serviço, que está prestes a completar um ano de operação.

abriel Silva/Hospital Santa Isabel

De acordo com o Dr. Eduardo, a cirurgia foi realizada para tratamento de metástases pulmonares – pequenos focos de tumor que se espalham no organismo e se alojam longe da origem da doença.

A Dra. Marina explica os benefícios para o paciente quando o procedimento é feito por via robótica: “Essa tecnologia diferencia-se das técnicas de cirurgia convencionais pelas pequenas incisões, que resultam em cicatrizes menores, menos dor e sangramento e uma recuperação mais rápida no pós-operatório”, afirma.

“Para nossa equipe, além de honrados por realizar a primeira cirurgia torácica robótica do estado, sentimos um orgulho imenso de chegar ao nosso objetivo, tendo o reconhecimento do esforço despendido e horas de treinamento longe da família”, explica o Dr. Eduardo.

“Mas, principalmente a certeza de que nossa preocupação em realizar uma cirurgia segura e com melhor resultado oncológico fará diferença na qualidade de vida do paciente após a cirurgia”, complementa a Dra. Marina Frandoloso. Blumenau é apenas a segunda não-capital do Brasil a contar com um robô-cirurgião.

A cirurgia robótica e pós-operatório

O robô é controlado por um médico credenciado e, com mínimas incisões, consegue-se realizar o procedimento com as pinças robóticas realizando os exatos movimentos da mão do cirurgião nos controles dentro da cavidade torácica.

“Agrega-se à sua técnica cirúrgica habitual a precisão que as imagens em 3D e os filtros de movimentos do robô proporcionam, por meio da câmera e das pinças robóticas, que compõem os braços do equipamento”, explica a Dra. Marina.

No pós-operatório, é possível notar, logo nas primeiras horas, uma evolução favorável do paciente, com aparente menor trauma cirúrgico, permitindo alta hospitalar mais precoce. O paciente da primeira cirurgia torácica, após ressecar uma grande parte do seu pulmão, recebeu alta hospitalar no segundo dia após o procedimento.

Em casa, a recomendação é que o paciente descanse e evite exercícios físicos ou esforços. Geralmente, a partir da segunda semana de pós-operatório, a vida e as atividades cotidianas podem retornar ao normal.

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