Justiça liberta homem acusado de matar companheira atropelada, em Blumenau

Ele irá a júri popular por crime cometido em fevereiro

O juiz da 1ª Vara Criminal de Blumenau libertou Augustinho Vasconcelos, de 40 anos, do Presídio Regional. Ele estava preso preventivamente desde fevereiro, quando atropelou e matou a companheira Alessandra Szczpank, de 33 anos, na saída da casa onde eles viviam, no bairro Nova Esperança.

Junto com a decisão da soltura, o juiz Juliano Rafael Bogo também definiu que Vasconcelos irá a júri popular, acusado de homicídio qualificado por feminicídio e violência doméstica. O réu, que foi solto na sexta-feira, 2, deve cumprir três medidas cautelares:

“Comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades; proibição de se ausentar da cidade de Blumenau por mais de 15 dias sem autorização judicial e obrigação de manter seu endereço sempre atualizado”, exigiu Bogo.

O advogado de Vasconcelos, Jeremias Felsky, explica que ainda não há data para o júri acontecer, mas que o cliente retomará as atividades dele normalmente. Felsky sustenta que não houve crime:

“Foi estúpido, mas foi um acidente. Não foi premeditado e querido”, garante o defensor.

O atropelamento

Vasconcelos teria engatado a marcha ré do carro e prensado Alessandra contra o muro da residência na madrugada do dia 13 de fevereiro. Ela morreu por traumatismo craniano, de acordo com o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP).

A mulher trabalhava em um lar de idosos, era mãe de um adolescente e de quatro crianças. A mais nova delas, um menino de três anos, vivia com o casal. O filho do primeiro casamento de Vasconcelos, de 13 anos, também morava com o pai e a madrasta. Além disso, o pai de Vasconcelos, um idoso cadeirante, estava sob o cuidado deles.

De acordo com informações da Polícia Militar, em dezembro de 2016 Alessandra denunciou o parceiro por ameaça. A PM esteve no local, mas a vítima não quis dar continuidade à denúncia.

O casal estava junto há cerca de quatro anos e vivia na propriedade de Vasconcelos. Ele é mestre de obras e sócio em uma empreiteira de Blumenau.

Os outros quatro filhos de Alessandra residem com o pai deles, também no bairro Nova Esperança. Alessandra pagava a pensão alimentícia dos pequenos e a relação era tranquila.

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