Malabaristas de rua estão na mira da prefeitura de Blumenau

Prefeito Mário Hildebrandt manifestou preocupação com uso de facões e fogo em esquinas da cidade

Uma das principais missões do novo presidente do Seterb, Marcelo Althoff, será averiguar a situação dos malabaristas que atuam nos semáforos da cidade. O assunto foi mencionado pelo prefeito Mário Hildebrandt na cerimônia de posse, quinta-feira passada, dia 19.

Hildebrandt citou o uso de facões e objetos em chamas nas faixas de pedestres, inclusive em frente à prefeitura. Segundo ele, veículos já teriam sido atingidos.

A preocupação do prefeito encontra apoio da Polícia Militar, que critica especialmente o uso de facas e fogo nas esquinas de Blumenau. Desde julho de 2017, esses materiais são proibidos por uma lei municipal.

O comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Blumenau, Jefferson Schmidt, disse que a polícia já se posicionou contra apresentações com objetos que possam gerar acidentes.

Segundo o comandante, quando há sinal de perigo, como armas brancas e objetos incandescentes, os pedestres evitam passar pela faixa. Ou seja: para não correr risco de se machucar, assumem o perigo de uma travessia irregular. O policial militar defende uma orientação prévia aos malabaristas, antes de qualquer repressão.

“Provavelmente nós vamos ter que conversar com a prefeitura para verificar como fazer uma ação policial para coibir”, projeta Schmidt.

Seterb vai avaliar solução

Recém-empossado, Marcelo Althoff afirmou que vai procurar outras áreas da prefeitura, como a Fundação Cultural, para discutir uma solução que garanta segurança aos pedestres.

“Vamos avaliar bem a questão antes, ouvir todo mundo”, previu.

A lei complementar que regulamenta que a Fundação Cultural de Blumenau é responsável pelo cadastro de ambulantes é a 1084, de 15 de dezembro de 2016. O texto explica que a Fundação autoriza o serviço por meio de um Alvará de Ambulante. A falta do documento autoriza a prefeitura a confiscar os bens utilizados na comercialização.

O presidente da Fundação Cultural, Rodrigo Ramos, explicou que assim que a lei foi promulgada alguns artistas procuraram a fundação para solicitar o aval. No entanto, Ramos afirma que o grande desafio é que boa parte destes malabaristas não são de Blumenau.

“Principalmente porque muitos desses que trabalham com armas brancas e fogo não são de Blumenau. São pessoas temporárias, que estão de passagem pela cidade, fazem o trabalho e acabam indo embora”, afirma.

Por isso a forma de fiscalização e aplicação da lei se torna um segundo desafio neste caso. Rodrigo Ramos assegura que a Fundação Cultural não tem responsabilidade de controlar a situação, apenas de fazer o cadastro dos artistas que são daqui e trabalham nas ruas.

Todos precisam fazer o cadastro?

Todos os trabalhadores de rua de Blumenau precisam se dirigir à Fundação Cultural de Blumenau, que fica na rua XV de Novembro, número 161, no Centro, para fazer seu cadastro e ganhar a autorização. Segundo Ramos no momento da inscrição o artista precisa informar dados pessoais, além de especificações sobre o serviço prestado. Por último ele recebe as instruções sobre o que é permitido ou não.

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