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Menino com câncer pede medicamento de alto custo em carta ao Papai Noel

“Oi, meu nome é Gabriel. Eu queria ganhar minha vacina. Eu tenho câncer e tenho medo de morrer…Eu queria ser curado e acabar com tudo isso”.

A mensagem chegou por carta ao diretor da Escola Pedro II, de Blumenau, Jadir Booz. Era endereçada a outra pessoa, o Papai Noel, mas seu conteúdo fez o educador interromper a correspondência e dar-lhe outro destino. Desde então, formou-se uma corrente de solidariedade na tentativa de ajudar o remetente.

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Gabriel Martinelli da Rosa, de 10 anos, luta contra um câncer há 8 meses e sonha em conseguir um medicamento para continuar o tratamento. Ele é de alto custo e foi negado pelo sistema de saúde.

Gabriel recebeu em março deste ano o diagnóstico de um carcicoma de rinofaringe, um tumor na cabeça, bem atrás dos olhos. Ele já passou por quatro sessões de quimioterapia, 47 dias de radioterapia e perdeu parte da visão.

Apesar de toda batalha, o menino não se afastou da escola. Pelo contrário, vai todo animado para a sala de aula. Professores e amiguinhos ficaram emocionados com o pedido na cartinha.

“Todo mundo pede presentes, brinquedos, coisas para se divertir. E esse nosso aluno simplesmente pede para viver. Querendo ou não, esse tipo de carta mexe com a gente”, conta o diretor Jadir Booz.

Divulgação

A mãe de Gabriel, Viviane Martinelli, explica que uma das etapas mais importantes do tratamento foi interrompida. Ele precisa tomar três vezes por semana uma injeção de Beta-interferon, um medicamento para estabilizar o tumor. Mas o remédio de alto custo foi negado pelo governo do Estado.

“Nós recorremos à Justiça e estamos esperando uma resposta há mais de um mês. É uma corrida contra o tempo. Eu estou com o coração na mão! Ele precisa para evitar o desenvolvimento do tumor, pois o caso dele não tem como fazer cirurgia”, desabafa.

Gabriel precisa fazer de 6 meses a 1 ano de tratamento. O valor estimado do medicamento é de R$ 8,5 mil por mês. Como a família não tem como arcar com os custos, a esperança do menino é de que Papai Noel ajude a solucionar o problema. Como toda criança, ele também aproveitou para pedir na cartinha um videogame e chocolate.

A reportagem procurou a Agência do Desenvolvimento Regional de Blumenau, mas ainda não obteve uma resposta sobre o caso de Gabriel.

“Não tem como não se emocionar com essa criança. Nós estamos pedindo a ajuda de todo mundo. A gente se surpreende quando lê a carta e quando ele fala que só quer continuar a viver. Esse seria o melhor presente de Natal!”, salienta Booz.