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“O dia em que fui perseguida por um carro e passei por momentos de aflição, em Blumenau”

Eu pensei mil vezes se iria divulgar essa situação. Mas penso que não aconteceu comigo por acaso. E penso também que minha função como “figura pública “ é sempre orientar e informar a população.

Já fiz várias reportagens de casos assim. Mas a gente sempre acha que são casos isolados… que nunca pode acontecer com a gente.

No penúltimo sábado fui em uma confraternização com minhas amigas, no bairro Velha. Na volta para casa, perto das 2h, percebi que havia um motorista seguindo meu carro.

Ao parar num semáforo, nas proximidades da Furb, ele se posicionou ao meu lado e fazia sinais para que eu parasse o carro. Ignorei.

Em seguida, ele continuou a me seguir. Comecei a dirigir em alta velocidade, tentando fugir. Na Via Expressa, cheguei a pensar que ele jogaria o carro em cima do meu. Ao mesmo tempo estava incrédula de que aquilo estava acontecendo.

Enquanto fugia por várias ruas, fiquei pensando a quem iria pedir socorro. Não encontrava ninguém no caminho. Já estava fugindo dele por cerca de 20 minutos (que pareciam longas horas). Tive ideia de ligar para a guarda de trânsito (sim, ao mesmo tempo que dirigia desesperada). Em minutos os agentes me encontraram e conseguiram prender o motorista.

O “suspeito” estava alcoolizado. Saiu do carro me encarando. Naquela hora senti como é estar vulnerável. O que será que ele faria comigo se tivesse conseguido me parar? Passaram mil coisas pela minha cabeça!

Ao ser interrogado, ele chorava igual criança. Disse que havia bebido e que estava fora de si. Me viu, achou bonita, e quis tentar algo (que nem ele sabe ao certo definir…). Foi uma escolha aleatória..eu tive a infelicidade de estar no caminho.

Fiz boletim de ocorrência, prestei depoimento, fui atrás de imagens para ter o máximo de provas. Fiz questão de ficar frente a frente com ele na delegacia! Porque não quero que outra mulher passe pela mesma situação. Eu consegui me defender. E se fosse uma mulher na rua, caminhando?

Estou divulgando isso para que sirva de alerta! Infelizmente isso ainda acontece! E pode ser pertinho da gente! O cara que fez isso comigo é “pai de familia”, tem filhos, emprego estável e residência. E vai aprender agora na justiça como se trata uma mulher.

Ele me pediu perdão mil vezes. Espero realmente que ele tenha aprendido a lição!

Quero agradecer imensamente aos agentes de trânsito Tarcisio, Fávero e Max que me atenderam prontamente. Aos policiais militares que conseguiram todas as imagens e me atenderam super bem. A toda equipe da delegacia do bairro Itoupava Norte, especialmente ao Rafael, delegado Lucas e a escrivã (que não lembro o nome). Profissionais que admiro e que fazem a diferença!