O vereador indaialense Diego Pandini (PP), conhecido como “Diabo Loiro” foi condenado pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 80 mil à ex-companheira e funcionária de gabinete.

A ação por danos morais foi impetrada pela vítima, Monyke Fiebes, após diversos boletins de ocorrência feitos contra Diego, onde se destacam agressões graves e ameaças de morte, inclusive dentro da Câmara de Vereadores da cidade – esse caso virou notícia em 2019, e naquele momento o vereador negava.

“Na data de 24.11.2019 foi atacada por Diego, que cortou dois dedos de sua mão direita; conseguiu fugir e pedir ajuda para a vizinha; o membro quase foi amputado, sendo que teve que passar por tratamento médico; em 03.12.2019, na Câmara de Vereadores, durante o trabalho, foi agredida com socos, dentro do gabinete do edil; além de agredi-la, Diego quebrou objetos e desferiu socos na mesa e nas paredes; após a briga, o requerido colocou pessoas para seguir a autora, impedindo-a de falar com a polícia”, destaca início da sentença assinada e publicada pela juíza 

A juíza lembra ainda que foi ela quem concedeu a medida protetiva de urgência na época, já que era a plantonista naquele episódio e os ferimentos e informações obtidas pela polícia evidenciavam que a violência havia de fato ocorrido.

No fim da sentença, ela ainda chama a atenção do vereador, pelas frequentes vezes que é alvo de notícias policiais.

“Por fim, mas não menos importante, é preciso considera que Diego é um vereador, e deveria dar exemplo de conduta ao invés de aparecer seguidamente nas páginas policiais. Deveria estar mais preocupado em defender o interesse coletivo, fazendo jus à confiança depositada pelos munícipes, no lugar de dedicar seu tempo à prática da violência, ainda mais utilizando um espaço que não é seu, mas público, para isso. Diego envergonhou o legislativo municipal, que, com tais episódios, perde ainda mais a credibilidade junto ao povo”, escreveu.

O caso criminal referente as violências físicas e psicológicas citadas ainda estão em andamento. Vale lembrar que Diego também está aguardando julgamento em júri popular em relação ao homicídio do padrasto e tentativa de homicídio do irmão.

O caso aconteceu em 2014, quando Diego agrediu ambos com um pedaço de madeira. A defesa do vereador alega que ele agiu em legítima defesa.

Em outubro deste ano, a vereadora Raquel Rufino (PSDB) também realizou um boletim de ocorrência contra o vereador, apontando ter se sentido ameaçada por ele, durante uma discussão.

A coluna tentou entrar em contato com o vereador, porém, sem sucesso até a publicação.


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