Marcos da Rosa faz parte do Democratas desde que surgiu na política  Ele foi eleito três vezes vereador em Blumenau, sendo o mais votado em duas delas – 2012 e 2016 – e teve sempre como maior destaque a representatividade evangélica, principalmente da igreja Assembleia de Deus.

No partido, com o qual tem boa relação a nível estadual, Marcos já foi presidente da executiva municipal e hoje é vice-presidente. Porém, mesmo com a união de longa data e bastante afetiva, o vereador vem demonstrando descontentamentos, principalmente por conta dos posicionamentos da executiva nacional.

Com grande elo com a ideologia de Jair Bolsonaro, desde de 2017/2018 Marcos atrelou seu nome ao do hoje presidente da República. A partir daí, grande parte dos destaques do vereador tem a ver com Bolsonaro.

Em maio, por exemplo, ele falou que sonhava em ter professores armados nas escolas. Naquele discurso, ele citou o presidente e fez críticas à esquerda.

Em junho, denunciou em sessão o que apontava como manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro, onde também teceu comentários contrários a partidos e movimentos esquerdistas.

O mais recente foi neste feriado de 7 de setembro, quando Marcos foi até Brasília participar das manifestações contra o STF e em apoio ao presidente. Na sessão da Câmara desta quinta-feira, 9, falou sobre a visita e reiterou apoio ao movimento e sua afinidade com Bolsonaro.

Acontece que em meio a tudo isso, o partido em âmbito nacional vem se distanciando das pautas bolsonaristas. Neste dia 7 de setembro, o DEM e o PSL emitiram uma nota repudiando o discurso do presidente do país apontando que “o Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas”.

“Eu fui presidente do partido em Blumenau e agora sou vice-presidente. Assim como o Onix Lorenzoni, que fez uma nota pública sobre isso, não concordo com o pronunciamento do DEM nacional”, disse ele à coluna.

Marcos afirma que ainda acha cedo dizer que irá sair do partido. Porém, não descartou essa possibilidade, visto que as discordâncias partidárias estão ocorrendo há algum tempo.

“Depois da expulsão do deputado Rodrigo Maia eu acreditei que daria uma melhorada. Mas essa manifestação de agora, essa nota de repúdio, identifica que eles não consultam as bases e não ouvem a voz das ruas, e isso não é bom”.

Destaca-se que o DEM está muito próximo de fazer uma fusão com o PSL criando um novo partido. Essa pauta está avançando cada vez mais em âmbito nacional, tendo apenas resistência em alguns estados.

Marcos diz que a fusão não afeta em nada a relação dele com o DEM. Mas se levar em consideração que ambos os partidos vem tendo posicionamentos contrários e demonstrações de oposição ao presidente Jair Bolsonaro – o que o desagrada muito – a corda vai ficando cada vez mais bamba.


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