Quarto colocado na eleição de 2018, Décio Lima deve ser novamente o candidato do PT nas eleições para governador em Santa Catarina no ano que vem. Décio afirma que o partido está se reestruturando e que irá se fortalecer com a presença do ex-presidente Lula na disputa presidencial.
Diferentemente de 2018, quando a candidatura foi com chapa pura, o PT está trabalhando para conseguir montar uma coligação alinhada com os outros partidos de esquerda do estado. Segundo Décio, o partido não está mais isolado e vem melhorando a relação com outras siglas como PSOL, PCdoB e PDT.
“Todo mundo está nos procurando, desde a decisão do STF a favor do presidente Lula. E aumentou com as pesquisas apontando Lula vencendo Bolsonaro”, explicou em entrevista à coluna.
Em maio deste ano, o presidente da executiva do Partido Socialista Brasileiro (PSB) em SC, Cláudio Vignatti, afirmou que o partido quer ter um candidato próprio para o governo do estado no ano que vem.
Como Vignatti passou 27 anos no PT, questionei a Décio sobre a relação entre os partidos e uma possibilidade de uma coligação. Décio afirmou que a liderança de Vignatti no PSB demonstra o interesse do partido em se aproximar a bancada de esquerda catarinense. Comentou ainda que não descarta conversas para uma união para o ano que vem.
Segundo turno em 2022?
Além da harmonia com outros partidos, Décio acredita que a figura de Lula na eleição presidencial em 2022 será decisiva também para as majoritárias nos estados. Segundo ele, a expectativa do PT é ter cerca de 30% em uma candidatura própria ao governo de SC.
Em 2018, o ex-prefeito de Blumenau disputou as eleições para o governo do estado e conquistou 460 mil votos, chegando a 12,78% . Ele explica que naquela época a prisão do ex-presidente Lula somada a onda Bolsonaro fizeram os números baixarem, mas que no ano que vem será totalmente diferente.
“O lulismo é maior que o petismo. O lulismo vai nos puxar pra cima, nos torna competitivos. Acredito que pode nos levar ao segundo turno”, afirmou Décio.