Polícia alerta sobre casos de extorsão sexual em Blumenau

Dois homens foram chantageados a pagar R$ 8 mil sob ameaça de terem imagens íntimas divulgadas na internet

Dois homens de Blumenau foram vítimas de extorsão sexual (chantagem após conseguir imagens íntimas da pessoa). Eles, que não se conhecem, começaram uma conversa pelo chat do Facebook com o perfil de uma mulher, que se identificou como Caroline.

Durante uma chamada de vídeo, os rapazes exibiram as partes íntimas para ela, que capturou as imagens. A partir daí, as chantagens iniciaram. Caroline pediu R$ 8 mil de cada um, sob ameaça de divulgar o conteúdo nas redes sociais.

O rapaz de 26 anos excluiu o perfil dele da internet e registrou boletim de ocorrência. O outro, de 25, também procurou a Polícia Civil, mas acabou pagando R$ 200 a Caroline. Os casos ocorreram no fim de setembro e chegaram às mãos do delegado Lucas Gomes de Almeida:

“A investigação desse tipo de crime é difícil, o melhor é a prevenção”, alerta.

Exposição cautelosa

O delegado recomenda algumas atitudes para que o que ocorreu com os dois moradores não se repita. Ao enviar imagens ou fazer videochamadas, deve-se evitar mostrar o rosto quando for expor a genitália. O ideal é que características marcantes do corpo, como pintas ou tatuagens, também não apareçam na gravação.

“Se for para mandar, mande para quem você esteja tendo um relacionamento. E ainda assim esteja ciente que há riscos”, salienta o delegado.

Recentemente, uma lei tornou crime a chamada vingança pornográfica. A punição é de reclusão de 1 a 5 anos a quem, sem consentimento, divulgar vídeo com cena de sexo, nudez ou pornografia ou ainda com apologia à prática de estupro.

Se o crime for praticado por alguém que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou tiver como finalidade a vingança ou humilhação, o aumento será de um terço a dois terços da pena.

Informações importantes à investigação

Almeida explica que, em casos de chantagem, é importante copiar o link do perfil do autor da ameaça. O trabalho de investigação é mais eficaz quando a vítima souber descrever o rosto do chantagista e tiver o número de telefone após trocas de mensagens por WhatsApp.

Depois de garantir todos os detalhes possíveis, o delegado sugere que a vítima exclua a conta da rede social e faça o boletim de ocorrência. Apesar da apuração policial ser delicada devido ao difícil acesso a esses tipos de dados, ameça, extorsão e agora vingança pornográfica são crimes e podem somar, juntos, até 16 anos de prisão.

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