Polícia Civil indicia professores de Blumenau por assédio contra estudantes

Casos na Escola Luiz Delfino provocaram afastamento dos docentes

Dois professores afastados das funções após denúncias de envolvimento sexual com adolescentes foram indiciados por assédio sexual pela Polícia Civil. O caso, investigado pela Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente, foi enviado ao Ministério Público, que agora analisará se oferece denúncia à Justiça contra os dois homens.

Os profissionais, de 47 e 54 anos de idade, foram afastados da Escola Luiz Delfino no dia 10 de abril e respondem a uma sindicância. O professor de 54 anos também lecionava na Escola Alberto Stein, que é municipal. Outra sindicância foi aberta pela prefeitura para averiguar as denúncias.

Familiares de uma aluna de 16 anos, que estuda na Luis Delfino, procuraram a polícia e a direção da instituição para denunciar o caso. O professor de 47 anos teria sido flagrado pela namorada dele mantendo relações sexuais com a estudante na casa dele.

Pressionada pelos familiares, a aluna teria relatado envolvimento com um segundo professor, ao longo de 2017. Segundo o relato do boletim de ocorrência, o professor de 54 anos a assediava pelo WhatsApp. A adolescente teria mostrado as mensagens à mulher dele, que também é professora.

Mesmo assim, os contatos continuaram. No fim do ano, os dois acabaram tendo relações por três vezes, segundo a menina disse aos pais. De acordo com a escola, uma segunda denúncia de abuso contra um dos professores surgiu depois de o caso vir à tona.

Conforme a investigação, a suspeita é de que os homens teriam usado o cargo de professor para obter benefícios sexuais.

Profissionais de carreira

Os dois professores são profissionais de carreira, que trabalham na Luiz Delfino há mais de 15 anos. Um deles, o de 47 anos, aceitou conversar com a reportagem de O Município Blumenau. Ele afirmou que o relacionamento com a adolescente de 16 anos era consensual e “por amor”. O homem disse que tinha planos de se casar com a menina. O outro professor não atendeu as tentativas de contato.

Os familiares da garota querem que o governo afaste definitivamente os dois professores, para evitar que se envolvam com mais alunas.

“Eu não posso julgar, porque minha filha já tem 16 anos, ela poderia ter nos comunicado. Mas o fato de eles estarem próximos dela no dia a dia, comprando, dando presentinho e essas coisas todas… Ela acabou se aproximando demais e confiou neles. Eles usaram a profissão deles para fazer o que aconteceu com ela”, indigna-se o pai da adolescente.

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