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Por que falta energia a cada temporal que atinge Blumenau e região

raio

Basta a trovoada começar a ser ouvida que muitos moradores de Blumenau têm a mesma atitude: os aparelhos eletrônicos são desligados e desconectados das tomadas. Conforme a cor do céu fica mais escura e os barulhos mais próximos, a expectativa é de que a energia cairá a qualquer momento. Às vezes a espera se confirma, às vezes não.

Segundo o gerente regional da Celesc, João Marcos Ribeiro, em dias de trovoada não são as descargas elétricas as maiores vilãs. O que, em 80% dos casos, deixa os blumenauenses no escuro são os ventos. Eles derrubam árvores e galhos, que danificam a fiação ou o próprio poste e geram o transtorno.

Quando a descarga elétrica atinge o transformador, o para-raio normalmente evita explosões e danos mais severos. A queima do dispositivo também pode ocorrer por superaquecimento. Normalmente antes do temporal há um forte calor, o que significa muito ar-condicionado ligado ao mesmo tempo.

Indaial na rota no vento

Uma das cidades que mais tem sentido os efeitos das trovoadas dentro das casas é Indaial. A região está em um lugar geograficamente mais afetado pelos raios e ventos:

“O vento vem em sentido Rio do Sul a Blumenau. Há dois anos o vento vinha em sentido sul”, explica o técnico de manutenção da Celesc, Cláudio Varella.

Postes próximos à subestação de energia inclinaram com a força do vento, em Indaial, mas a região não ficou sem luz devido à rede compacta. Celesc/Divulgação

Com as vegetações sobre os fios e os raios queimando transformadores, um novo sistema ameniza o problema: a rede compacta. Em Indaial algumas regiões têm esses fios mais resistentes, que evitam as quedas de energia:

“Toda nova rede projetada é protegida. E ela é mais segura. Tanto que quando um carro bate em um poste, sendo uma rede nua normal, sacode os cabos, dá curto e falta energia. Com a rede compacta não falta energia”, explica Ribeiro.

Há esse tipo de rede em alguns pontos de Blumenau, como na Alameda Rio Branco, um trecho do Morro da Companhia e loteamentos novos. Cada vez que uma fiação precisa ser reformada a rede é substituída por uma compacta. Assim, aos poucos, os ventos e contatos mais leves com vegetações se tornam insuficientes para deixar moradores sem luz.