O presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse nesta quinta-feira (25) que o modelo de financiamento imobiliário baseado essencialmente no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) precisa ser revisto.

Segundo ele, o fundo tende a enfrentar uma grande crise, uma vez que a concorrência com outros fatores que absorvem esses recursos tende a comprometê-lo.

“Acho que a gente precisa rediscutir isso, essa estrutura de funding na forma que existe, como o FGTS. Vamos ter uma crise muito grande do FGTS”, afirmou durante evento.

Como o Minha Casa Minha Vida depende quase que exclusivamente dos recursos do FGTS, o programa pode ser afetado em um futuro próximo.

Recursos do Minha Casa Minha Vida

Para 2025, o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi reforçado com a ampliação de recursos e a criação de novas regras, incluindo uma faixa para a classe média, limites de renda e novo teto de valores dos imóveis.

O volume total de recursos previstos para o Minha Casa Minha Vida para 2025 é de 141,6 bilhões provenientes do FGTS para as faixas 2 e 3, e outros 30 bilhões do Fundo do Pré-Sal destinados ao Faixa 4 do Programa.

Juros do MCMV são metade da Selic

Além do risco de falta de recursos, há outro ponto que escancara o tamanho da oportunidade: o MCMV oferece juros médios de 7,66% ao ano, enquanto a taxa Selic está em 15% ao ano.

Essa diferença, na prática faz toda a diferença na hora de financiar uma casa ou apartamento. Taxas próximas as da Selic, como é o caso das linhas de financiamento que usam recursos da poupança, inviabilizam o sonho da casa propria para quem tem renda mensal inferior a 12 mil reais.

O programa é hoje a principal porta de entrada para quem sonha em sair do aluguel, mas a alta procura tem acelerado o esgotamento das verbas disponíveis.

Isso significa que, em pouco tempo, muitas famílias que se planejavam para comprar seu imóvel podem perder a chance de aproveitar as atuais condições.

Preços dos Imóveis em Alta

Os preços dos imóveis residenciais no Brasil registraram uma valorização significativa em 2024, com a maior alta anual desde 2013, tendência que continua em 2025.

Os aumentos foram generalizados, com destaque para cidades de Santa Catarina como Joinville e Blumenau, que estão entre as maiores altas de preços dos imóveis do mercado brasileiro.

Para 2026 mais pressão nos preços dos imóveis é esperada. Os novos impostos da reforma tributária: Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui PIS e Cofins e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substitui ICMS e ISS, vão elevar a carga tributária da construção civil, e isso refletirá em preços mais altos para quem busca a Casa Própria.

O recado é claro: quem não garantir a compra do seu imóvel agora pode enfrentar uma realidade muito mais dura — com preços mais altos, parcelas inalcançáveis e sem o apoio dos subsídios governamentais.

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