PRF vai doar uniformes antigos para imigrantes em Blumenau e Gaspar

Peças doadas por policiais passaram por descaracterização, reforma e tingimento

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai doar uniformes antigos para imigrantes haitianos que moram em Gaspar e Blumenau. A ação da Campanha Desapego está marcada para sábado, dia 4. Serão entregues pelo menos 600 peças que passam por reforma e tingimento.

Os uniformes oficiais doados em boas condições foram descaracterizados em parceria com o IFSC Câmpus Gaspar, Serviço Pastoral dos Migrantes, Faculdade SENAI de Blumenau e Lavanderia Unilav e serão distribuídos para imigrantes que fazem parte da Associação Brahaitianos Unidos.

A campanha é coordenada pela Comissão de Direitos Humanos da PRF, cujo objetivo é aproximar-se dos grupos de pessoas em situação de vulnerabilidade social para agir de forma preventiva e evitar crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho escravo. Além disso, busca-se criar uma consciência em termos de responsabilidade social nas empresas e sociedade.

Descaracterização dos uniformes

Estudantes do curso de graduação em Design de Moda da Faculdade Senai de Blumenau estão realizando a descaracterização dos uniformes da PRF, recolhidos pela Campanha Desapego. Segundo Michele Cavalheiro Nunes, coordenadora do curso, “o objetivo da ação é mostrar que é possível trazer os conceitos de responsabilidade social das empresas e promover o reaproveitamento de recursos visando a sustentabilidade.” O processo termina com o tingimento e finalização das peças pela Lavanderia Unilav de Brusque.

Apoio aos haitianos

O Câmpus de Gaspar do IFSC, que já tem experiência e realiza ações com grupos de haitianos no Vale do Itajaí, oferece cursos de qualificação profissional de Português e Cultura Brasileira para estrangeiros desde 2016, e conta com mais de 270 estudantes haitianos matriculados, articulou o recebimento destes uniformes customizados. “Esses estudantes, em sua grande maioria, estão em situação de vulnerabilidade, a qual é derivada de questões como barreiras linguísticas e culturais, mas também por conta da inserção no mundo do trabalho e o acesso a políticas públicas”, contextualiza Ana Paula Kuczmynda da Silveira, Diretora Geral do Câmpus.

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