Pronto-socorro pediátrico do Hospital Santo Antônio também restringe atendimento

Decisão acompanha situação do pronto-atendimento adulto e se deve ao excesso de atendimentos não urgentes

Hospital Santo Antônio passou a limitar o atendimento pediátrico no pronto-atendimento a casos de urgência e emergência nesta quarta-feira, dia 8. Segundo o coordenador da emergência pediátrica do Hospital Santo Antônio, o médico Edio Zeferino, a enfermaria pediátrica está lotada e apenas casos de urgência e emergência serão atendidos.

A medida acompanha decisão tomada no pronto-socorro adulto na segunda-feira e se deve à lotação, causada pelo elevado número de atendimentos que não são urgentes.

“A partir de agora a gente vai se limitar a atender os pacientes graves e deixar a demanda verde e azul para quem tem que ser responsável por isso. Não é uma coisa periódica. A nossa prioridade é atender urgência e emergência”, disse Zeferino.

A “demanda verde e azul” se refere à classificação de Manchester, representada nas pulseiras coloridas que classificam os pacientes em cinco categorias: atendimento não urgente (azul), pouco urgente (verde), urgente (amarelo), muito urgente (laranja) e emergência (vermelho).

Referência em pediatria

O pronto-socorro pediátrico do Hospital Santo Antônio é referência para vários municípios da região, especialmente aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Casos de menor gravidade podem ser atendidos em ambulatórios gerais e postos de saúde (Estratégia Saúde da Família). Blumenau tem sete ambulatórios gerais, três que funcionam das 8h as 21h e as unidades dos bairros Garcia, Itoupava Central, Fortaleza e Velha com horário estendido até a meia-noite.

UPA

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, a direção do Hospital Santo Antônio sugeriu a abertura de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Blumenau para reduzir a superlotação nos hospitais. Uma UPA teria condições de fazer exames, procedimentos e manter pacientes em observação.

Porém, a prefeitura de Blumenau informou, por meio de nota, que não planeja construir uma UPA por considerar que o modelo “já mostrou deficiência em outras cidades e o município entende que por meio dos três pronto-socorros existentes, das 66 equipes de ESF e dos sete ambulatórios gerais há cobertura da assistência em saúde”.

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