Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Após deixar PSL, governador Carlos Moisés é cortejado por diversos partidos

A noiva
Sem partido desde sábado, quando anunciou sua desfiliação do PSL, o governador Carlos Moisés se coloca no papel de noiva da política catarinense: diversos partidos já acenaram que gostariam de tê-lo em seus quadros. Ele pediu tempo para botar o anel no dedo. Por enquanto não quer compromisso partidário nenhum.

R$ 200 milhões
O governo do Estado aguarda a reunião conjunta das comissões de infraestrutura da Câmara dos Deputados e Senado com o ministro Tarcísio de Freitas para definir os critérios de utilização dos R$ 200 milhões disponibilizados por Carlos Moisés, com autorização legislativa, para investimento em melhorias na BR-470. O encontro foi sugerido pelos senadores Dário Berger e Esperidião Amin durante reunião com prefeitos, vice-prefeitos e empresários da região do Vale do Itajaí com o Fórum Parlamentar Catarinense e o governador. Na audiência, realizada no Centro Administrativo, ficou definido por unanimidade que os recursos devem ser canalizados para os lotes um e dois das obras de duplicação daquela rodovia federal.

Pressão feminina
Uma senadora e 25 deputadas pediram ao Tribunal de Justiça de SC a admissão como “amicus curiae” (expressão em latim que significa amigo da corte, com finalidade de fornecer subsídios às decisões dos tribunais) no caso de estupro da influenciadora digital e promoter Mariana Ferrer, ocorrido em novembro de 2018 numa casa noturna do balneário Jurerê Internacional, na Ilha de SC. O acusado é o empresário André de Camargo Aranha. O caso não teria tanta repercussão nacional se não fosse a atitude intempestiva do seu advogado, o florianopolitano Cláudio Gastão da Rosa Filho, que teve tornadas públicas imagens numa audiência onde ele insinua que a relação sexual foi consensual.

Autofiscalização 1
Este espaço acompanhou por anos a trajetória de um pequeno laticínio, de quem comprava seus recomendados produtos. Um de seus principais custos não era a obtenção de matéria-prima (leite), e sim a infame burocracia que o mantinha como refém. Todo mês seu responsável tinha que receber, obrigatoriamente, diferentes fiscalizações (seis, no mínimo), inspecionando isso, cobrando por aquilo e, quando não, aplicando pesadas multas pelo não cumprimento de detalhes mínimos não atendidos completamente no processos de produção, apesar dos extremos cuidados de seu responsável técnico, um dedicado engenheiro de alimentos. Boa parte da rentabilidade era para isso e algumas “surpresas” outras. Teve que fechar. Assim, imagina-se, centenas, talvez milhares de pequenos negócios, sucumbem todo dia.

Autofiscalização 2
Mas nem tudo está perdido. A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realiza audiência pública amanhã para discutir o projeto de lei 1.293/21, do poder Executivo, que substitui a legislação atual de defesa sanitária por um novo modelo de fiscalização agropecuária baseado em programas de autocontrole executados pelos próprios agentes regulados (produtores agropecuários e indústria).

Outro lado
Importante autoridade da segurança pública – que não quer o nome exposto por razões obvias – não gosta quando o governo estadual se vangloria dos feitos na área, como o fato de mais da metade das cidades catarinenses (62%) não ter feito nenhum registro de assassinato neste ano. Diz que isso “atrai bandidos de fora para cá”. Há controvérsias.

Espelho meu
Toda vez que personalidade da mídia estadual posa de arauto da moral pública, em teatrais comentários, há alguém dentro do órgão público em que trabalha que, caprichosamente, copia o ultimo contracheque dele e o despacha para alguns endereços especiais. Nele consta que o valor de seu salário mensal é de R$ 27.405, dos quais R$ 532 são de triênio, R$ 6.181 de gratificação de desempenho, R$ R$ 1.199 de auxílio-saúde e R$ 1.722 de auxílio-alimentação, entre outros odiosos penduricalhos.

IR do bem
Com simpatia geral no Congresso, seguirá para votação nos próximos dias projeto do deputado Rogério Peninha (MDB-SC) permitindo que os contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Física que possuem dependentes com deficiência moderada ou grave possam ter dedução dobrada na base de cálculo do tributo. Estabelece como condição a comprovação da deficiência por meio de avaliação biopsicossocial. As deduções relativas à saúde e educação também serão dobradas. Se virar lei, a abrangência será enorme. Conforme o Censo 2010 do IBGE, só em SC há cerca de 1,3 milhão de pessoas que tem, declaradamente, algum grau de dificuldade, seja visual, auditiva, motora, mental e/ou intelectual em diversos graus.


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