Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Deputado petista que votou a favor de Moisés no impeachment é alvo de cobranças

Falta de provas
O deputado estadual petista Fabiano da Luz (PT) está sendo cobrado duramente pelo voto favorável ao governador Carlos Moisés no tribunal do impeachment. Altivo, responde, de forma firme e convicta, que não viu provas materiais concretas, provas aqueles que não foram constatadas também pelo Ministério Público de SC, Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal e Superior Tribunal de Justiça. Diz dormir com a tranquilidade por saber que não cometeu injustiça contra nenhuma pessoa. É com essas posições, claras, que o eleitor forma a imagem (no caso, boa) de um político, uma classe tão desacreditada, não importa de que partido.

Ensino remoto
O governador Carlos Moisés enviou para a Assembleia Legislativa em regime de urgência projeto de lei que cria o Programa Aprendizagens na Cultura Digital. A iniciativa prevê a distribuição de notebooks e acesso gratuito à internet aos docentes da rede estadual. Mais de 30 mil profissionais podem ser beneficiados com equipamentos adequados para uso exclusivamente pedagógico. A necessidade surgiu com a pandemia. Os professores poderão participar de cursos de formação continuada, fazer atendimentos remotos e planejar as atividades de aula.

Moção 1
Sob protestos do PT, para quem seria “prudente” que fosse retirada, os deputados estaduais aprovaram moção que cumprimenta o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello “pelos serviços prestados ao povo brasileiro durante sua participação na pasta”. A ala direitista respondeu que também faltou prudência à esquerda ao aprovar a concessão do título de cidadão catarinense ao ex-presidente Lula.

Moção 2
Foi aprovada também outra moção, de “repúdio” contra a intenção do Estado de extinguir a SCPAR Porto de Imbituba e a desestatização do terminal. Desnecessário dizer que, tenha lucro ou não, quem quer que continue tudo como está é a classe política regional.

Relações de imagem 1
O jornal “O Globo” saiu à frente, ontem, com reportagem questionando as relações de imagem entre clubes de futebol e patrocinadores. Tudo porque a catarinense Havan, de Luciano Havan, amicíssimo de Bolsonaro (e este arqui-inimigo do grupo Globo) acertou patrocínio com o Flamengo, com a marca estampada na camisa do elenco principal, “indignando” seus torcedores, segundo o diário carioca. Perguntar não ofende: E se fosse qualquer um outro grande anunciante da Globo, “indignaria”?

Relações de imagem 2
Diz ainda que o mesmo patrocínio já havia acontecido em outros clubes, em diferentes graus de rejeição e aceitação, como Athletico, Chapecoense e o Brusque. Como sempre, dá voz a “especialistas”. Um deles diz que no caso do Flamengo há “erro de estratégia” e vê “possíveis boicotes e redução de vendas de produtos”. A conferir.

Terceira onda
O secretário de Estado da Saúde, André Mota Ribeiro, tem acertado em cheio, sempre com conhecimento de causa, as suas previsões. Alertou quanto à segunda onda de covid-19 em SC e agora antevê uma possível terceira. O panorama: há no momento uma média de 18 mil contaminados, muito alta, e antes da segunda eram de 6 mil. A saída seria adiantar ao máximo a vacinação.

Schwanke & Leminski
A comunicadora Áurea Leminski aceitou o convite do Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke (MAC Schwanke) para participar de um novo documentário sobre o inesquecível artista joinvilense. Ela declama a poesia “Seios, Anseios, Receios”, de autoria do pai, o poeta curitibano Paulo Leminski (1944-1989). O poema também ganha plotagem adesivada na exposição “Schwanke, uma Poética Labiríntica”, que ocupará o Museu Oscar Niemeyer, até 15 de junho, em Curitiba. A autorização para a declamação e a plotagem foi dada pela mulher de Leminski, a poetisa Alice Ruiz, mãe de Áurea. Ao viver de 1970 a 1985 na capital paranaense, Schwanke e Leminski se viraram grandes amigos e o poema está em estreita relação com a série “Mancúspias” de Schwanke, em que pintou seios enormes.

Confiabilidade
Não dá para acreditar na credibilidade de nossa classe política. Um levantamento publicado pelo instituto Paraná Pesquisas revelou que o Senado tem risíveis 2,8% e a Câmara 2,6% de confiança da população brasileira. Na outra ponta estão as Forças Armadas (32,6%), STF (18,2%), Presidência da República (14,8%) e Ministério Público Federal (12,1%). Foram ouvidos 2.030 brasileiros em 200 municípios, entre 30 de abril e 4 de maio.

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