Privilégio
É moralmente questionável projeto de resolução da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa que autoriza locação de imóveis pelos 40 deputados estaduais, para a instalação de “escritórios de apoio à atividade parlamentar”. Nas suas cidades de origem, seus currais eleitorais, evidentemente. Eles serão reembolsados pela despesa. A conta vai para quem? O que consola é que há deputados que estão recusando a obscena oferta.

Posições conflitantes
Espanta o fato de representantes do Ministério Público de SC – cuja direção tem feito um esforço extraordinário com ações de prevenção à covid-19 – participarem de audiência pública, na Assembleia Legislativa, quinta-feira, para criticar a exigência do passaporte vacinal e defender o que chamam de “liberdade de escolha do cidadão de ser ou não ser vacinado” sob o pretexto de que “as vacinas são experimentais e que não foram estudadas em crianças”, entre outras alegações.

Não, diz Damaris
Há um esforço estadual, em SC, para se elaborar um decreto visando melhor definir quem pode ser classificado como pessoa com deficiência (e a partir dali se definir políticas públicas e direitos), e pediu ajuda ao Ministério dos Direitos Humanos, que tem um estudo sobre o assunto, visando regulamentar o artigo 2º da Lei Brasileira de Inclusão. A imprevisível ministra Damares Alves negou acesso, fazendo subir a desconfiança – e agora quase certeza – de que o documento científico, feito pela Universidade de Brasília, foi descaracterizado, sabe-se lá com que intenções.

Negacionismo
Segue um movimento negacionista na Assembleia Legislativa, contra a vacinação obrigatória da covid-19 e o passaporte sanitário. A deputada Ana Campagnolo (PSL), é autora de projeto de lei, que ela quer chamar Bruno Graff, em homenagem ao jovem blumenauense que morreu em decorrência dos efeitos da vacina AstraZeneca, cuja causa foi atestada pela Vigilância Sanitária do Estado.

Esclarecimento
Este espaço não tem nada contra qualquer profissional de fisioterapia ou outra profissão, desde que seja digna e honesta. O que condena em projeto de lei no Legislativo estadual – afora o flagrante vício de origem, já que cria despesas para o Executivo – é o fato de ele obrigar que para cada 10 leitos que tenham, todos os hospitais de SC, públicos e privados, contratem um fisioterapeuta para atender os pacientes. Porque não a cada 50, 100 ou mais? Como é sabido, a grande maioria é de hospitais filantrópicos, de pequenos municípios, sempre em dificuldades para se manter e que, obviamente, não foram ouvidos sobre a iniciativa que poderá onerá-los.

Ofensa aos catarinenses e…
A modelo joinvillense Dayane Mello foi eliminada do reality show “A Fazenda” da rede Record, que é um lixo tal como o inqualificável homônimo “Big Brother Brasil”, da Globo. Uma das razões foi ter dito em conversas durante o programa que os homens daqui tem uma “mentalidade de Santa Catarina, sem cultura”. Uns grosseirões, quis dizer a beldade, em outras palavras.

…vergonha das origens
O episódio lembra o de outra catarinense deslumbrada, também modelo, capa de revistas de apelo sexual e ao mesmo tempo alcunhada de “Maria Chuteira”, hoje evaporada, com direito a verbete assim qualificado na Wikipédia, por se envolver com diversos jogadores de futebol (Juninho Paulista, Cicinho e Denilson, entre outros), chamada artisticamente de Mary Alexandre, de Rio do Sul. Quando indagada de suas origens, sempre respondia que vinha “lá do sul”. Parecia ter vergonha de suas origens.

Engajamento
O artista joinvilense Sérgio Adriano H abre mostra individual dia 11, na já notável Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA)), em Itu (SP). Criado em 2018 pelo artista e colecionador que lhe empresta o nome, é ao mesmo tempo um museu e um prestigiado espaço de arte contemporânea. Além da exposição, a conquista do edital da instituição prevê a inclusão de uma obra no acervo. O título da mostra se apropria das últimas palavras de George Floyd, homem negro norte-americano que em 2020, nos Estados Unidos, foi algemado, jogado ao chão e sufocado até a morte por um policial branco. Sérgio Adriano se preocupa com o drama dos rejeitados, dos excluídos, dos massacrados, dos oprimidos, quer seja pela cor da pele, da sexualidade e das condições sociais.

Carga tributária
O embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello, não se cala. Não se conforma saber que a mesma garrafa de vinho que é vendida por cerca de 3 euros (R$ 20,50) na Itália custa, no Brasil, 25 euros (R$ 170). Culpa quase única da mortífera carga tributária.


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