Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - raulsartori@omunicipio.com.br

Santa Catarina é o 2º estado com mais bilionários do Brasil; 29 deles são da mesma empresa

Nossos bilionários
Saiu mais um ranking 2022 de bilionários brasileiros, que são 284. Mas o que chama a atenção na lista da Forbes Brasil é SC, que depois de São Paulo, com 113, tem 38, dos quais 29 são acionistas da multinacional de energia Weg, com sede em Jaraguá do Sul e onde boa parte deles vive. Bilionários, de fato, e discretíssimos, diga-se; ao contrário dos autointitulados e mais que exibidos “trilionários” de araque de certa cidade sulina catarinense.

Privilégio negado
Desde quinta-feira até as últimas horas aproximam-se de 400 mil as subscrições de brasileiros em abaixo-assinado da plataforma change.org, solidários (pelo menos nisso!) ao Supremo Tribunal Federal que, por unanimidade (ufa!), negou o obsceno “direito” a férias de 60 dias para advogados da União, bem como o infame adicional de 1/3 da remuneração e valores correspondentes aos períodos não gozados por eles. O julgamento tem repercussão geral, ou seja, a decisão vai valer como orientação para todos os tribunais do Brasil.

Nepotismo no Sistema S
Em um amplo acompanhamento para avaliar unidades do Sistema S em todo país, o Tribunal de Contas da União encontrou inúmeras irregularidades, como a contratação de empresas de dirigentes ou funcionários das entidades (102 casos) e nepotismo (1.370). No primeiro caso foram cientificados, para tomada de providências imediatas, o Senac, Sesi e Senai de Santa Catarina. No Sesc, especialmente, há casos históricos de nepotismo, de décadas sob comando dos mesmos dirigentes. Conforme orçamentos aprovados para o exercício de 2020, o Sistema S tem R$ 32,4 bilhões de recursos para este ano, dos quais R$ 22,7 bilhões (70%) advindos de contribuições compulsórias.

Equiparação
O governador Moacir Sopelsa sancionou sua primeira lei estadual. É a 18.508, determinando que as más formações congênitas, como fissura labiopalatina e ou anomalias craniofaciais e as síndromes correlatas, sejam equiparadas às deficiências físicas para efeitos jurídicos no estado de SC, salvo aquelas consideradas reabilitadas.

Nos conformes
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou o mérito de um recurso que alegava irregularidades no processo de escolha do reitor da UFSC, feita em abril deste ano por, supostamente, não respeitar o peso do voto dos professores, e confirmou a legalidade dos procedimentos eleitorais. O TRF entendeu, por unanimidade, que a consulta foi de caráter informal. Sendo assim, a instituição poderia adotar critérios próprios de votação.

Dispensa
Mais um cancro burocrático é eliminado em SC. Recomendada pelo MP-SC, a Celesc está deixando de exigir reconhecimento de firma na troca de titularidade em contas de energia elétrica. Perguntar não ofende: em que tal estúpida exigência dava mais ou menos credibilidade à operação? A Celesc ia (ou vai) verificar se aquele reconhecimento era (ou é) não autêntico?

Cooperativismo
Informação do Banco Central: mais de 75% (270 mil) dos 362 mil habitantes de Blumenau são associados de cooperativas de crédito. Assim, pode ser considerada líder nacional no quesito. Para comparação: na cidade de São Paulo são 192 mil. Tanta união dos negócios estimula o empreendedorismo e a educação, resultando no desenvolvimento econômico e social, que gera trabalho e renda para toda a comunidade.

Deboche
De causar revolta informação da Fundação Municipal de Saúde de Tubarão: entre janeiro e agosto deste ano e entidade disponibilizou 21.536 consultas com médicos especialistas, mas 6.393 deixaram de ser realizadas porque os pacientes não compareceram e nem deram nenhuma justificativa. Sem comentários.

Efeito contrário
Para conferir daqui a pouco: a decisão polêmica, de sábado, do ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, atendendo pedido da coligação de Lula, de impedir Bolsonaro de usar imagens dos atos de 7 de Setembro no horário eleitoral, só vai ajudar o presidente. Se fosse das paradas cívicas, sim. Mas não foi o caso.

Discordâncias
O analista político Cláudio Humberto tem razão ao dizer que a proibição do porte do celular na hora de votar, ordenada pelo Tribunal Superior Eleitoral, reveste-se de mais rigor que a feita aos bandidos nos presídios. A ameaça é de “prisão” do eleitor que descumprir a resolução, apesar de não ser crime ter um celular. Já contrabandear celulares para um presídio é crime previsto no Código Penal. Mas os “supremos” ainda discutem se celulares em presídios são protegidos por “sigilo dos presos”.

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