Trabalhar e receber o salário para pagar o aluguel, alimentação, conta de água, luz, mensalidade da faculdade, transporte e ver se sobra algum dinheiro. Se identificou? É a realidade de muitos brasileiros que vivem em uma constante gangorra para tentar equilibrar os gastos de uma vida financeira apertada por receber um salário mínimo de R$ 998,00.

Ontem, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que estabelece o valor do salário mínimo em 2020 em R$ 1.040,00.   Em relação ao valor atual, um aumento de 4,2%. O Projeto de Lei ainda precisa ser aprovado em sessão conjunta do Congresso Nacional e ser aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Recentemente, uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontou que, com base no atual salário mínimo do brasileiro de R$998, o valor real para suprir todos os gastos deveria ser de R$ 4. 135,55. O valor proposto de R$ 1 040,00, só equivale a aproximadamente 25% do valor sugerido pela pesquisa.

A jornalista Jéssica Luara ganha pouco mais de um salário mínimo e vive o constante desafio de manter as contas em dia. “Com o meu salário, pago aluguel, faço compras no supermercado, tenho gastos com transporte, luz e internet. Pode parecer impossível, mas sou bastante controlada com as finanças, e sempre coloco o aluguel e o curso como prioridades”, pontua.

Moradia e educação são prioridades para muitas famílias. “Dar seguimento aos meus estudos significa muito para mim. Coloco essas duas coisas como prioridade, mais até do que o mercado. A minha sorte é que a empresa disponibiliza vale refeição, então ajuda”.

Outro apoio fundamental foi ter sido beneficiada com uma bolsa de estudo para o curso técnico de Rádio e Tv. “Consegui uma bolsa de estudo através do Educa Mais Brasil. Tenho 50% de desconto nas mensalidades. Fiz muitas contas para que tudo coubesse no meu orçamento mensal, mas sem essa ajuda do programa seria impossível”, compartilha Jéssica.

Aline Paim, também jornalista, vive a mesma situação. “Acho que o maior desafio é saber estabelecer prioridades, diferenciar o que é necessário do que é desnecessário. Muitas vezes, gastamos com coisas que não são imprescindíveis”, avalia. Para organizar e manter as contas equilibradas, ela dá uma dica. “Tenho uma planilha onde acompanho em todos os 12 meses do ano as minhas despesas fixas”.

A educação é também uma prioridade para Paim, que já pensa em fazer uma especialização. “Na realidade a gente sempre acha que o custo é uma barreira, mas existem muitas alternativas de descontos. Eu decidi só agora em julho o curso que quero fazer. Então, estou no momento do planejamento financeiro”, conclui.

Bolsas de estudo do Educa Mais Brasil

Diante da realidade financeira de muitos brasileiros, pensar na possibilidade de ter descontos de até 70% em toda área de educação parece um sonho. Programas como o Educa Mais Brasil já beneficiaram mais de 1 milhão de famílias. Há bolsas desde a creche até a pós-graduação. Acesse o site parceiro do programa e verifique as opções disponíveis em sua cidade.