Faltam 16 dias para que o eleitor escolha o prefeito e os vereadores da sua cidade, mas parece que a política estadual vem chamando muito mais a atenção por prisões, afastamentos e denúncias do que efetivamente pelas propostas, conforme aponta o noticiário.

A campanha ainda está morna nas cidades, as pessoas ainda não querem conversar sobre eleição, há uma indiferença muito grande dos eleitores e as notícias ruins na política acabam afastando ainda mais o interesse das pessoas de buscarem mais informações sobre o pleito de 15 de novembro.

E para piorar, este ano teremos a possibilidade de justificar a não ida à votação através do site do Tribunal Superior Eleitoral, seja através de um computador ou laptop ou mesmo através do celular, o que deve fazer com que muita gente não compareça as urnas em 2020.

Tanto os candidatos a prefeito quanto os candidatos a vereador tem reclamado bastante por não conseguirem chegar até a casa do morador da sua cidade, pois a pandemia também tem se transformado num empecilho para que as pessoas não queiram receber nenhum postulante a cargo eletivo.

Só nesta quarta-feira, 28, em Blumenau, foram registrados 186 novos casos de Covid-19 na cidade. Na região da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), que é a região das cidades de Itajaí e Balneário Camboriú, temos 54 candidatos afastados da eleição por causa da contaminação do coronavirus.

Em Indaial, o atual prefeito e candidato do PSDB a reeleição, André Moser, também teve que se afastar da corrida eleitoral temporariamente porque foi infectado pelo Covid-19.

Enfim, estamos entrando no mês de novembro e tudo indica que a partir de agora é que a campanha começa a despertar algum interesse no eleitor, pois os programas de rádio e TV devem e precisam melhorar, os candidatos vão aparecer mais por conta de debates e o próprio eleitor que vai votar terá que escolher alguém para eleger no próximo dia 15.

Mas o que chamou mesmo a atenção na política foram as prisões das candidatas a vereadora de Blumenau, Noemi da Silva (PL), e Itajaí, Sandra Vanderline (PSC), ambas envolvidas com um suposto esquema de tráfico de drogas. Há também a denúncia que surgiu na noite de ontem contra o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, que está sendo denunciado pela Justiça por um suposto estupro contra Rosely Rosana Ferrari Dallabona, de 46 anos, uma ex-servidora comissionada da Secretaria de Turismo da cidade e candidata vereadora pelo DEM da Capital, mesmo partido do prefeito.

O boletim de ocorrência foi feito pela moça no dia 9 de outubro deste ano na 6ª Delegacia de Polícia de Florianópolis e relata que em 2017 o prefeito teria tentado tocar as partes íntimas dela e novamente em 2018 Gean teria trancado a mulher na sala do secretário de Turismo e praticado a conjunção carnal.

Algumas imagens de um vídeo do suposto estupro foram enviadas para esta coluna, que não vou publicar em respeito à moça e ao leitor, mas que mostram um homem que se parece com o prefeito e uma mulher, semi nus, praticando sexo. Estas imagens foram feitas, segundo o boletim de ocorrência, no dia 10 de outubro de 2019 pela própria Rosely que, prevendo uma nova investida do prefeito, pois ele havia anunciado que faria atendimentos naquela secretaria, decidiu colocar seu celular para gravar.

Estas imagens, que já estão com a polícia, confirmam a conjunção carnal e provam que o prefeito esteve no prédio da Secretaria de Turismo de Florianópolis naquele dia.

Como Gean Loureiro tem prerrogativa de foro privilegiado por ser prefeito, o caso foi enviado para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina que vai provocar o Ministério Público a se manifestar sobre o caso.

Nem a vítima e nem o prefeito Gean Loureiro quiseram se manifestar sobre o caso.


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