Nascida em 4 de abril de 1977 na cidade de Maravilha, no Oeste catarinense, casada e mãe de dois filhos, Daniela Reinehr chega ao comando do governo do Estado depois de lutar por meses para provar que não tinha nenhuma participação na equiparação salarial dos procuradores do estado.

Já foi Policial Militar, é produtora rural e já atuou em Chapecó com o Direito empresarial, administrativo, civil e comércio exterior, se filiou no PSL da cidade em 2018 e inicialmente era para ter sido candidata a deputada estadual, mas com a decisão da executiva estadual em ter uma candidatura própria, Daniela Reinehr acabou sendo escolhida para ser a vice de Carlos Moisés da Silva nas eleições daquele ano.

Durante a campanha de 2018 sempre dizia que não queria ser uma vice decorativa, mas ninguém e nem mesmo ela imaginaria que, depois de quase dois anos de governo, assumiria o posto mais alto do estado por conta do afastamento do seu companheiro de chapa, que durante os primeiros 15 meses de governo tratou de afastá-la de todas as decisões administrativas e passou a governar sozinho de dentro da Casa D’Agronômica.

Nesta terça-feira, 27, ela assume o comando do estado em meio à pandemia da Covid-19 tendo também que gerir uma das maiores crises políticas que Santa Catarina já viu, principalmente com os deputados estaduais, que já deixaram uma porta aberta para que a nova governadora retome a boa relação com o legislativo catarinense.

A deputada Paulinha (PDT) já deixou a liderança do governo na Alesc e quem deve assumir esse posto a partir dessa terça-feira é o deputado estadual Sargento Lima (PSL), político muito próximo à Daniela Reinehr e autor de um dos votos que a salvaram do afastamento do cargo.

Além de gerir a crise do coronavirus, Daniela deve dar uma atenção maior ao agronegócio, as indústrias catarinenses, que são um dos pilares da economia do estado, a geração de emprego e renda e a relação do governo do estado com os prefeitos e também com o governo federal.

“Não haverá solenidade nesta terça-feira. Meu primeiro ato no cargo será em uma reunião com o colegiado, logo cedo, às 9h30. Em seguida, haverá uma coletiva de imprensa. Comigo é assim: sem cerimônia, mas com muito trabalho”.

Esse foi seu primeiro pronunciamento como governadora e, mesmo não sabendo quantos dias deve ficar no cargo, ela promete fazer diferente do seu antecessor. Já a classe política, dependendo da sua atuação a frente do Centro Administrativo, já acena com a possibilidade de fazê-la com que fique definitivamente no cargo, pois há uma forte pressão para evitar que Carlos Moisés volte.

O grande problema dele não é com o primeiro processo de impeachment, mas sim com o segundo que trata da compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões. Esse pode fazer com que o bombeiro tenha grande dificuldade de escapar do impeachment, principalmente agora que não há mais a necessidade de uma nova eleição.


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