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Membros do governo divulgam “Carta Aberta aos Catarinenses” apoiando governador Moisés no processo de impeachment

Membros de primeiro e segundo escalão do Governo do Estado de Santa Catarina elaboraram e entregaram para o governador Carlos Moisés, na reunião que ocorreu na segunda-feira, 21, um documento intitulado “Carta Aberta aos Catarinenses” que manifesta a indignação com o movimento político que tenta retomar o comando do Governo do Estado, mostrando que não farão parte de qualquer outro governo que tenta nascer na estufa da impunidade e do desrespeito ao voto popular.

Na carta, os membros do governo pontuam várias medidas tomadas na gestão Carlos Moisés e Daniela Reinehr que, segundo eles, fizeram o estado ter uma economia de mais de R$ 360 milhões no primeiro ano de administração. Secretários e presidentes afirmam que o governo não cedeu, não cede, nem cederá às pressões pela volta daqueles que se beneficiaram de ato de corrupção e finalizam o documento dizendo que Se este desrespeito for consumado, e as portas do governo forem abertas para aqueles que representam o que os catarinenses rejeitaram nas urnas e rejeitam no dia a dia, saibam que não dividiremos espaço com eles. Os catarinenses já disseram que não os aceitam no governo.

Leia abaixo o documento na íntegra e o nome das pessoas que assinaram a carta.

Carta aberta aos catarinenses

Sete em cada dez cidadãos catarinenses que lêem esta carta agora fizeram uma opção em 28 de outubro de 2018. Eles indicaram o caminho desejado para Santa Catarina e escolheram o nome do governador e da vice-governadora para realizar essa missão: Carlos Moisés e Daniela Reinehr. Foram 2 milhões 664 mil e 179 votos pela mudança. E ela veio.

Ao revisar os contratos que haviam sido feitos com o Governo do Estado, foram economizados mais de R$ 360 milhões. Um deles, de telefonia, foi inclusive alvo de investigação da Polícia Federal e resultou no indiciamento por corrupção e lavagem de dinheiro de figuras políticas hoje denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Santa Catarina é agora líder no país em eficiência da máquina pública, segundo o Ranking da Competitividade dos Estados. As contas públicas de Santa Catarina em 2019 foram aprovadas pelo Tribunal de Contas com a melhor avaliação em dez anos. Temos a menor taxa de desocupação do país, de acordo com o IBGE.

Atravessamos o pior momento da pandemia e conseguimos garantir que nenhum catarinense sofresse com a falta de um leito de UTI. Temos hoje a menor taxa de letalidade do país.

Mais de 35 mil novas empresas foram criadas apenas em 2020. Reabrimos a Ponte Hercílio Luz colocando um ponto final em um verdadeiro sangradouro de dinheiro público. Anunciamos mais de R$ 377 milhões para obras de infraestrutura, com recursos próprios, oriundos de economias feitas por esta gestão.

As promessas feitas aos catarinenses estão sendo cumpridas. E é justamente por isso que esse governo passou a ser atacado. Porque está provando que é possível desfazer contratos que traziam prejuízo aos cofres públicos. Contratos estes que, segundo o Ministério Público Federal, eram origem de propina que abastecia organizações criminosas.

Este governo não tem compromisso com o erro. Muito menos com conchavos. Não cedeu, não cede e nem cederá às pressões pela volta daqueles que se beneficiaram de atos de corrupção.

Este governo foi eleito pelos catarinenses para pôr fim a isto tudo. E é isto que está fazendo. Portanto, é visível que os beneficiários destes esquemas estão reagindo e tentando retomar o governo em uma virada de mesa.

Não conseguirão. O catarinense não aceitará que seu voto seja rasgado e que as antigas estruturas de poder, que ele quer ver banidas, retornem.

Se este desrespeito for consumado, e as portas do governo forem abertas para aqueles que representam o que os catarinenses rejeitaram nas urnas e rejeitam no dia a dia, saibam que não dividiremos espaço com eles. Os catarinenses já disseram que não os aceitam no governo.

Nós também não. Não faremos parte de um governo que tenta nascer na estufa da impunidade e do desrespeito ao voto popular.

Florianópolis, 21 de setembro de 2020.

 

O documento foi assinado pelos seguintes membros do Governo do Estado:

Leandro Lima, secretário da Administração Prisional e Socioeducativa

Paulo Eli, secretário de Estado da Fazenda

Eduardo Machado, diretor-presidente do Badesc

Cristiano Socas da Silva, controlador-geral do Estado

Lucas Esmeraldino, secretário executivo da Articulação Nacional

Alisson de Bom de Souza, procurador-geral do Estado

André Motta Ribeiro, secretário da Saúde

Natalino Uggioni, secretário da Educação

Rudinei Floriano, presidente do Imetro

Naiara Augusto, secretária executiva de Integridade e Governança

Ricardo de Gôuvea, secretário da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural

Giovani Eduardo Adriano, perito-geral do IGP

Marcelo Panosso Mendonça, presidente do IPREV

Thiago Augusto Vieira, secretário da Infraestrutura e Mobilidade

Ricardo Miotto Ternus, secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural

Celso Albuquerque, secretário executivo do Meio Ambiente

Fábio Zabot Holthausen, presidente da Fapesc

Rogerio Siqueira, secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável

Leandro “Mané” Ferrari, presidente da Santur

Roberta Maas dos Anjos, presidente da Casan

Edilene Steinwandter, presidente da Epagri

Fabiano Ramalho, presidente do Porto de São Francisco do Sul

Luis Antônio Braga Martins, diretor-presidente do Porto de Imbituba

Sandra Mara Pereira, diretora do Detran

Tânia Regina Hames, presidente da Fundação Escola de Administração Pública

Charles Alexandre Vieira, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar

Michele Roncalio, secretária-adjunta da Fazenda

Luciane de Cássia Surdi, presidente Cidasc

Dilmar Baretta, reitor da Udesc

Rui Godinho da Mota, presidente da Fesporte

Aldo Baptista Neto, chefe da Defesa Civil

Paulo Koerich, presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial

Luiz Antônio Dacol, secretário da Administração

Vitor Correa, diretor do Escritório de Gestão de Projetos

Sérgio André Maliceski, presidente Ciasc

Enio Alberto Parmeggiani, presidente da SCPar

Gilson Lucas Bugs, presidente da Jucesc

Ana Lúcia Coutinho, presidente da FCC

José Ângelo di Foggi, diretor-presidente do Ceasa

Willian Anderson Lehmkuhl, presidente da SCGÁS

Dionei Tonet, comandante-geral da Polícia Militar

Valdez Rodrigues Venâncio, presidente do IMA

Maria Elisa de Caro, secretária do Desenvolvimento Social

Juliano Chiodelli, secretário interino da Casa Civil

André Alves, chefe da Casa Militar

Márcio Ferreira, chefe de gabinete


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