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Os quatro mosqueteiros da Câmara de Vereadores de Blumenau

A presidência de Bruno Cunha (Cidadania), mesmo que temporária, parece estar movendo montanhas no terceiro andar da Prefeitura de Blumenau. Como o jornal O Município Blumenau já publicou, um dos destaques da sessão de quinta-feira, 4, foi ter decidido barrar a votação de um projeto em regime de urgência vindo do executivo, apresentado pelo líder do governo, vereador Alexandre Matias (PSDB).

Matias apresentou o projeto de lei 1951/20, que prorroga o prazo de validade de concursos públicos realizados pela administração pública, quando em seguida o vereador Adriano Pereira (PT) apresentou um requerimento para incluir no projeto os ACTs. Logo após, Bruno Cunha sugeriu que o projeto fosse retirado da pauta, mas como há um concurso público que vence no dia 15 deste mês, Matias disse que não tinha como esperar a votação.

Com isso, o presidente, seguindo o regimento interno, colocou a votação do projeto para a próxima terça-feira, 9, ocasionando a derrota do governo municipal que queria a votação naquela sessão.

Mas um assunto que também foi bastante discutido na Câmara de Vereadores de Blumenau, foi a presença dos vereadores no período da fala na tribuna. Na sessão de terça-feira, 2, os vereadores Jens Mantau (PSDB) e Alexandre Matias (PSDB) não puderam falar por falta de quorum, cabendo a Almir Vieira (PP), que presidia a sessão no momento, encerrar os trabalhos.

O presidente Bruno Cunha chegou a dizer que os vereadores da oposição do governo têm 100% de presença durante as falas dos vereadores, mas que os vereadores da base do governo têm aproximadamente só 40% de presença durante os pronunciamentos, causando a revolta dos vereadores Sylvio Zimmermann (PSDB) e Cesar Cim (PDT), que justificaram a ausência por quererem se preservar de um possível contágio de coronavírus durante as sessões.

Outros vereadores falaram e o vereador Almir Vieira, por conta dessas justificativas, sugeriu se voltar com as sessões virtuais, assunto esse que vai ser discutido na próxima terça-feira, 9, às 14h30, antes da sessão ordinária.

O que ficou depois deste dia é que até o presidente Marcelo Lanzarin (Podemos) voltar, a prefeitura de Blumenau vai ter que analisar muito bem o que envia ou não envia para votação na Câmara, pois Bruno Cunha, Adriano Pereira, Gilson de Souza e Aílton de Souza (Ito) poderão causar alguns constrangimentos para o prefeito Mário Hildebrandt, que insiste em não querer discutir os projetos do executivo com a oposição.

Cantaram vitória

Após a sessão de quinta-feira, 4, o vereador Ito de Souza, na sua conta do Facebook, postou uma foto com os vereadores Bruno Cunha, Gilson de Souza e Adriano Pereira com o seguinte texto:

“Dia histórico. É preciso que o PREFEITO tenha RESPEITO com a Câmara de Vereadores. Os 4 vereadores da foto travaram a votação de projeto no Regime Urgentíssimo. Pode parecer pouco, mas, é um passo muito importante para se discutir a política municipal do “goela abaixo.

Não somos oposição, somos a favor de BLUMENAU, muitas vezes a soberba do governo em querer impor seus projetos como “urgentes” faz os vereadores votar sem ter o mínimo de estudo da matéria.

Isso prejudica a todos, prejudica a DEMOCRACIA e muitas vezes constrange até a base de apoio do Governo, eu sei como eles sofrem cobranças absurdas.

Este ano apresentei uma proposta de alteração no Regimento Interno para mudar o procedimento Urgentíssimo. Quero ver isto sair do papel.

Uma cidade deve ser comandada na base do diálogo, não dá imposição. Uma cidade deve ser governada na base do planejamento, não da urgência. Uma cidade deve ser governada com TRANSPARÊNCIA.

Quando votamos uma lei, decidimos o destino das pessoas, das relações e isto tem que ser feito com consciência e sabedoria.

Bruno Cunha, Gilson de Souza, Adriano Pereira, é uma honra servir a Blumenau com vocês!”