Eraldo Schnaider/Prefeitura de Blumenau
Prefeito Mário deve restringir comércio nos fins de semana
A Prefeitura de Blumenau vai anunciar nesta quarta-feira, 24, a volta de algumas restrições no comércio e transporte público da cidade por conta do aumento acima da média de contágio da Covid-19. O início da flexibilização ocorreu no final do mês de maio e esperava-se que o contágio do coronavírus ficasse numa linha de subida gradual, mais controlada, para depois iniciar a descendência. Mas viu-se que nos últimos dias, principalmente depois da liberação do transporte público, o número de contágio subiu além do previsto e obrigou o prefeito Mário a voltar atrás na decisão de flexibilização de alguns serviços.
Assim como em Florianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú, Blumenau deve restringir o horário do comércio nos dias de semana e fechamento total nos fins de semana, deve proibir as atividades de lazer em parques, shoppings e academias, fechando-os também aos finais de semana e proibir a abertura de bares e restaurantes no período da noite, podendo funcionar somente com o delivery ou entrega no balcão.
As curvas de ascendência preocupam, pois se houver um aumento de infectados numa velocidade acima do esperado, não haverá tempo hábil para montar leitos ambulatoriais e de UTIs para o tratamento dos contaminados pela Covid-19, caso necessário.
Algumas cidades de Santa Catarina têm registrado festas clandestinas e aglomeração em praias e parques, principalmente nos fins de semana, e como nenhum município está fechado para a circulação de pessoas entre si, isso também pode estar contribuindo para o aumento de casos. Segundo o secretário de saúde de Blumenau, Winnetou Krambeck, esperava-se que a população contribuísse, pois houve um relaxamento nos cuidados com o coronavirus e agora terão que ser tomada medidas mais restritivas frente ao panorama atual da cidade.
15% das loterias para a pandemia
O projeto de lei 3416/20, de autoria do deputado federal Ruy Carneiro (PSDB-PB), visa destinar 15% da arrecadação das loterias, como Mega Sena e Quina, para o Fundo Nacional de Saúde até o fim de 2020.
Segundo o texto, a medida não altera os demais percentuais de repatriação de receitas lotéricas previstos em lei. O projeto está em análise na Câmara dos Deputados e a única mudança que deva ocorrer é a diminuição, temporária, do valor destinado ao pagamento dos prêmios das loterias de prognósticos numéricos.
Outro projeto, o 3199/20, de autoria do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), também quer destinar parte da arrecadação de loterias esportivas, aquelas ligadas a clubes de futebol, para o combate a Covid-19. A diferença é que este projeto estica a destinação dos valores até o fim de 2021 e o valor a ser repassado seria parte do lucro uma vez a cada 15 concursos, como já acontece nos repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública. Ambos estão em fase de análise para depois passarem pelas comissões e, posteriormente, serem votados no plenário.