Antes mesmo que a vacina contra o Covid-19 seja registrada na Anvisa, o Governo do Estado de Santa Catarina precisa tomar muitas decisões para que toda a população seja imunizada. A aquisição de seringas e câmaras frias de baixíssima temperatura para o armazenamento, definição de uma logística eficaz e saber quais serão os grupos que receberão primeiro a vacina são decisões que a Secretaria de Saúde do Estado deve tomar nas próximas semanas.

O Governo Estadual ainda depende de definições do Governo Federal sobre algumas questões. Como, por exemplo, se as pessoas que já foram infectadas pelo coronavirus serão ou não consideradas imunizadas e descartadas do plano nacional de vacinação. Sobre os primeiros a receberem a vacina, o próprio Ministério da Saúde determinou que os idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde e presos devem ser os primeiros.

Segundo o secretário de saúde do estado, André Motta Ribeiro, SC tem pouco mais de 7,2 milhões de habitantes e, em um primeiro momento, um terço dessa gente terá que ser vacinada.

O secretário também disse que as outras vacinas, como a vacina contra a poliomielite, chega a Santa Catarina através das rodovias e são armazenadas em um depósito central do governo para depois serem enviadas aos municípios e a tendência é que a vacina para o Covid-19 siga este mesmo trâmite.

Outra definição é se Santa Catarina terá ou não que comprar os ultracongeladores (aparelho que conseguem atingir até menos 86 graus Celsius), pois das quatro vacinas que estão sendo ventiladas no Brasil, três podem ser mantidas com as mesmas temperaturas das vacinas já aplicadas nos catarinenses e apenas a da empresa Pfizer necessita desses ultracongeladores para ser armazenada corretamente, de acordo com as especificações da empresa.

A preocupação do governo é também com relação à compra dos insumos, como agulhas e seringas, pois se todos os estados quiserem comprar esse tipo de material ao mesmo tampo, não dará para suprir a demanda e muito provavelmente as empresas aumentarão os preços. Porém, segundo a secretaria de saúde estadual, Santa Catarina já está adquirindo, aos poucos, os materiais necessários para a imunização.

Estima-se que, depois que as empresas que estão pesquisando as vacinas enviem toda a documentação necessária referente aos estudos, a aprovação da Anvisa pode sair em até 20 dias.

Daniela Reinehr, quando estava comandando o estado, disse que Santa Catarina iria se alinhar com as decisões do Governo Federal, mas quando Carlos Moisés retomou o cargo já informou que irá analisar quais ações que o seu governo deverá tomar com relação a essa vacinação em massa.

A Federação Catarinense dos Municípios de Santa Catarina (Fecam) já tem marcado para o próximo dia 10 a assinatura do protocolo de intenções com o Instituto Butantan para a aquisição da vacina que está sendo produzida lá em parceria com a empresa chinesa Sinovac.

Enfim, são muitas as decisões a serem tomadas até que todos os catarinenses recebam uma vacina capaz de, gradativamente, acabar com essa pandemia que assolou todo o mundo durante o ano de 2020.

Mas o importante é que em Santa Catarina o governo começou a andar e, pelo menos nessa área, vimos que o estado deve ter uma ação rápida quando a vacina estiver disponível.


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