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Tio é condenado a 12 anos de prisão por estuprar sobrinha de sete anos, em Blumenau

Os juízes do Tribunal de Justiça de Florianópolis condenaram a 12 anos de prisão um homem que estuprou a sobrinha de sete anos. Ele, que é irmão da mãe da vítima, já havia sido condenado pela juíza Bruna Luiza Hoffmann, em Blumenau, mas recorreu sob a justificativa de que não havia provas suficientes. Por unanimidade, os desembargadores concordaram com a decisão de Bruna.

O crime ocorreu em 2014. Na época, a criança estava na casa da avó, em um bairro de Blumenau, jogando no computador. O tio teria aproveitado que os pais da vítima estavam distraídos em uma reunião familiar e se trancou no quarto com a sobrinha. Ele a amarrou, colocou uma fita na boca dela e cometeu o ato.

Para que ela não contasse nada, ameaçou cortar a cabeça dela com uma faca na frente da própria mãe. Com medo, a criança permaneceu em silêncio, mas ficou deprimida. Os sinais da depressão chamaram a atenção da mãe, mas ela jamais desconfiara do motivo do isolamento da filha, que não queria mais visitar a avó. Um ano e meio depois do estupro, o caso chegou ao conhecimento das autoridades.

A menina fez registros no diário dela e, com o apoio da mãe, repetiu quantas vezes foi necessário tudo o que ocorreu. Apesar de viver em um ambiente conturbado, já que o pai havia sido condenado por estuprar a enteada, os juízes descartaram a possibilidade do relato ser mentira.

“Ademais, observa-se que a criança dormia todas as noites com a mãe, e o fato de haver condenação contra o pai em outro processo não deve ter conexão com o ocorrido, mesmo porque a vítima jamais relatou queixa contra o pai ou a mãe”, enfatizou o relator Carlos Alberto Civinski.

A decisão, anunciada na quinta-feira, 12, é de Civinski, Ariovaldo Rogério Ribeiro da Silva e Hildemar Meneguzzi de Carvalho.