Covid-19: vacinação de adolescentes segue e intervalo da Pfizer muda

Estado irá investigar se adolescentes receberam mesmo imunizadores não autorizados

Em reunião extraordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de Santa Catarina realizada na tarde desta quinta-feira, 16, o estado, em conjunto com os municípios catarinenses, decidiram antecipar a aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer de 12 para 8 semanas, seguindo a orientação do Ministério da Saúde. As doses serão encaminhadas a partir da próxima segunda-feira, 20, e os municípios deverão organizar as estratégias de vacinação, considerando o novo prazo.

Atualmente, o estado de Santa Catarina possui armazenado na Rede de Frio um total de 303.0320 doses da Pfizer para aplicação da segunda dose (D2). A quantidade é suficiente para realizar essa antecipação de pessoas que receberam a primeira dose até dia 21 de julho.

Vacinação de adolescentes

A vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos em Santa Catarina será mantida. Porém, priorizando pessoas com comorbidades, deficiência permanente, gestantes, puérperas, lactantes e sob medidas sócio educativas. Para isso, deverá ser utilizada a vacina do laboratório Pfizer, única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser utilizada nesse grupo etário.

A decisão foi baseada em posicionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indica a aplicação da vacina em adolescentes, tendo em vista que testes demonstraram alta eficácia e boa segurança da vacina Pfizer neste grupo etário. Além disso, ainda de acordo com a OMS, evidências sugerem que os adolescentes têm tanta probabilidade de transmitir a Covid-19 quanto os adultos.

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Durante a reunião da CIB, o superintendente de vigilância em saúde, Eduardo Macário, destacou que a vacinação dos adolescentes é necessária, importante e que não existe nenhuma contraindicação de vacinação deste público com doses da vacina Pfizer, já aprovada pela Anvisa para essa aplicação.

“Apesar dos adolescentes terem menor probabilidade de evoluir para formas graves da doença e até mesmo morrer por Covid-19, dados do Ministério da Saúde demonstram que, somente em 2021, ocorreram aproximadamente 1.300 óbitos de crianças e adolescentes no Brasil decorrente da Covid-19. Além disso, a vacinação deste público é essencial para que haja controle da circulação do vírus e também para prevenir que os jovens, caso acometidos pela doença, carreguem sequelas da Covid-19 por toda a vida”, assinalou o superintendente.

Os membros da Comissão também votaram por elaborar um documento solicitando apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) para que o Ministério da Saúde reconsidere a decisão de suspender a vacinação dos adolescentes, tendo em vista a importância de imunizar este grupo.

Caso será investigado

Com relação às doses dos laboratórios AstraZeneca/Fiocruz, Sinovac/Butantan e Janssen, que teriam sido aplicadas inadvertidamente em adolescentes de 12 a 17 anos, conforme informação divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta, 16, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina esclarece que os dados de vacinação já estão sendo levantados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) para envio aos municípios que devem apurar a situação.

Caso tenha ocorrido erro de registro, os municípios devem fazer a correção no sistema; já no caso de doses aplicadas indevidamente, os municípios devem realizar o registro desta aplicação no sistema do Ministério da Saúde como Erro de Imunização, e realizar o acompanhamento dos adolescentes que receberam essas doses.


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