“Boa! Isso, garota!”

As palavras parecem divertir a senhorita em questão, que abre a boca com vontade para engolir o lanche vegetariano enquanto tem a saúde bucal inspecionada. Logo ao lado, crianças do ensino fundamental acompanham de olhos arregalados.

Enquanto checa os dentes enormes da “garota”, o biólogo Danilo da Costa Silva explica ao microfone que presas como as dela são cobiçadas no mercado ilegal e a transformam em alvo de caçadores. Trata-se de uma das cerca de mil apresentações didáticas que o Zoo Pomerode promove todos os anos para ensinar aos pequenos a importância da conservação ambiental.

A garota é um hipopótamo, animal cujo peso pode facilmente superar uma tonelada. Todos os dias, ela e seus companheiros de Zoo deixam o lago artificial e se dirigem até o limite do cercado para um tira-gosto de vegetais.

Os biólogos Priscila Weber Maciel, Tays Daiane Izidoro e Cezar Augusto dos Santos, além de Danilo, executam rotinas de manejo e condicionamento. É um treino para que possam ser alimentados e medicados sempre que necessário.

Durante a aula ao ar livre, crianças e professores apontam telefones celulares para os gigantescos bichos. É preciso registrar tudo, porque o assunto voltará a ser abordado depois, em sala de aula.

Educação para a conservação

Desde 2002 o Zoo possui um programa voltado à educação, cujas atividades são aperfeiçoadas ano a ano. A responsabilidade da Divisão de Educação para a Conservação é transformar os visitantes do jardim zoológico em multiplicadores de conhecimento e, principalmente, de atitudes.

A cada ano, um tema é escolhido para ser trabalhado com os estudantes. Em 2019, a campanha foi chamada de Embaixadores da Diversidade.

Ao final de cada visita escolar, a equipe do Zoo propõe à classe que encampe uma ação ambiental em sua comunidade. Quando retornam para casa, as crianças escolhem como pretendem se engajar. Pode ser plantando árvores, criando um projeto de reciclagem, compostagem etc.

As professoras enviam vídeos da ação para o Zoo Pomerode, que então premia a classe com um certificado de Embaixadora da Biodiversidade. O potencial de disseminação dos conteúdos é enorme. Somente em 2018 cerca de 25 mil alunos visitaram a instituição catarinense.

“Queremos promover a reconexão do homem com o meio ambiente, uma sensação de pertencimento. O objetivo é fazer com que a visita tenha um impacto positivo na sociedade”, conta Cezar.

Nas apresentações didáticas, os profissionais do Zoo procuram mostrar aos visitantes a quais riscos cada espécie de animal está exposta na natureza. Mais do que abordar as características biológicas, a conversa dos especialistas com o público procura provocar um impacto sobre a real situação das espécies.

“Um Zoo não é uma vitrine de animais. Eles estão aqui por um propósito de conservação”, reforça Cezar.

A equipe promove oficinas, exposições e ações relacionadas a campanhas conservacionistas nacionais e internacionais. Além de escolas, universidades e até cursos de idiomas usam o Zoo como ferramenta pedagógica.

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De onde vêm os bichos do Zoo

77% dos animais abrigados no Zoo Pomerode foram resgatados após sofrerem maus-tratos ou acidentes, como atropelamentos. Os outros 23% nasceram em zoológicos, aquários e outras instituições autorizadas e permanecem protegidos de maneira a garantir a existência daquela espécie. Nenhum bicho foi retirado do habitat natural.

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