A artista blumenauense que transformou o hobby de pintar em sua primeira exposição

Artista produziu coleção que destaca a força da mulher e a conexão com a natureza

Em meio a pandemia e com pouco trabalho, a blumenauense Juliana Radünz decidiu retomar um hobby: a pintura. O que começou como passatempo acabou tomando grandes proporções e já rendeu uma exposição da artista em Pomerode.

Ela optou por usar o nome artístico Ju Valentini e comenta que encontra inspiração na natureza, nas formas e cores e tudo que traz bons sentimentos. “Busco muito inspiração na espiritualidade também fazendo com que os detalhes que uso nas pinturas tenham muitos significados profundos. Deus pra mim é o maior artista que criou tudo ao nosso redor para nos inspirar em tudo que fazemos”, destaca.

Dani Peiker Fotografias

Recuperando um hobby

A moradora do bairro Passo Manso é graduada em Moda. Ela começou a pintar quando ainda era criança. Aos 12 anos ela fazia alguns desenhos realistas com lápis e até pinturas com tinta a óleo. Ela focou na faculdade de Moda e deixou de lado a pintura. Ju ficou 20 anos sem pintar.

Durante a pandemia, em 2020, devido à baixa procura de trabalho ocasionada pela pandemia, Ju decidiu voltar a pintar e comprou tela e tinta acrílica, um material que era novo para ela naquele momento. “Em 2020 eu praticamente recomecei, porque nesse tempo todo eu não encostei no pincel”, recorda.

A partir de então, Ju Valentini decidiu desbravar novas técnicas e expressar a arte em quadros maiores. Ela recorda que o primeiro quadro feito após a retomada foi o de uma mulher com uma coroa de rosas.

Tela feita por Ju Valentini em 2020 | Foto: Arquivo pessoal

“É uma obra que fala de toda luz e sombra que existe em cada um de nós. A coroa de flores que significa o renascimento. O olhar dela te acompanha dependendo de onde você está parada ela olha para você. Tento sempre destacar o olhar em cada arte que faço, pois essa é janela da alma. É quando você observa e sente o que quis passar ao fazê-la”, explica.

Por não ter formação em artes plásticas, Ju afirma que é autodidata e busca se aperfeiçoar para proporcionar resultados cada vez mais expressivos, realistas e singulares. Hoje, ela trabalha com um estilo contemporâneo e que já apresenta a sua própria identidade no traço.

Dani Peiker Fotografias

Oportunidade única para a artista

A artista comenta que em agosto de 2023 surgiu o convite para expor suas obras. Ela foi até a galeria para observar o local e aproveitou para visualizar como poderia montar a exposição. “Construí uma coleção de obras de artes onde destaco a mulher como força e proteção em conexão com a natureza, ligada aos animais de poder como arquétipos”, cita.

Segundo ela, a galeria tem mais de 100 anos, é feita em um estilo industrial e tem muita história. Pensando nisso, a artista quis trazer mais vida para o local através das obras feitas por ela. “O tema da minha coleção de artes e como eu faria veio através de um sonho, literalmente falando”, diz.

Dani Peiker Fotografias

A exposição Reviva – amor e arte nos caminhos da natureza, iniciou em fevereiro e encerrou neste domingo, 14. A galeria de artes Ervin C. Teichmann fica ao lado do local onde foi realizada a Osterfest, que atrai centenas de turistas para Pomerode.

Com isso, a exposição da artista blumenauense também recebeu mais visitas devido à Festa da Páscoa, que ocorria simultaneamente.

“Me senti muito honrada e feliz por poder fazer minha primeira exposição em Pomerode já que foi a cidade onde vivi a maior parte de minha vida. E ainda mais durante a Osterfest que trouxe muita visibilidade para o meu trabalho. Foi a porta que eu precisava para que minhas artes pudessem ser vistas”, celebra a artista.

Entre as obras que estavam expostas, a primeira tela feita por Ju quando ela voltou a pintar também fez parte da coleção.

Última obra feita pela artista | Foto: Arquivo pessoal

A artista destaca que a exposição trouxe muitos aprendizados e experiência. Ela buscou estar presente em vários dias para dar atenção e recepcionar os visitantes. Dessa forma, Ju conseguiu conversar com as pessoas para explicar o significado de cada arte.

“Tinha pessoas que observavam as obras e se emocionavam. Me agradeceram pelo sentimento bom que causei a elas através das artes. Nesse momento entendi minha missão, fora as palavras maravilhosas de carinho que eu recebi”, comenta.

Ela ainda acrescenta que o livro de visitação contabilizou 1,5 mil assinaturas, mas ressalta que pouco mais de 20% assinam a presença. Sendo assim, ela acredita que a exposição recebeu entre 4 mil a 5 mil pessoas.

Confira a galeria de fotos da artista

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