O programa Acib Recicla, parceria entre a Acib (Associação Empresarial de Blumenau) e a Weee.do Logística Reversa de Eletroeletrônicos, está se destacando anualmente em Blumenau. Somente em 2023, o Acib Recicla recolheu mais de nove toneladas de equipamentos eletrônicos que a população descartou em pontos espalhados pela cidade.

Atualmente o programa conta com oito pontos ativos de coleta, sendo eles: Cooper Garcia, Cooper Itoupava Norte, Cooper Vila Nova, sede da Acib, Fundação Fritz Müller, Instituto Gene de Inovação, Renal Vida e Central de Atendimentos da Unimed Blumenau.

A presidente da Acib, Christiane Burger, reforça que os postos de coleta aceitam eletrônicos como computadores, notebooks, celulares, televisores, aparelhos de som, interfones e demais equipamentos com circuito eletrônico. “Não recebemos itens grandes de linha branca, como geladeiras e máquinas de lavar, mas micro-ondas, fornos e itens menores podem ser entregues”.

“O descarte correto desses eletrônicos é de extrema importância para o meio ambiente. Precisamos lembrar que a fabricação de produtos é enorme, o consumo de recursos e o impacto ambiental também. A logística reversa atua diretamente para diminuir esses impactos, afinal, ela faz o controle do retorno do que foi produzido e será descartado”, destaca.

Acib Recicla

A Acib implantou o programa em setembro de 2018 e desde então trabalha com o sistema de pontos fixos e itinerantes que podem ser instalados em empresas e entidades interessadas. A Weee.do é a empresa parceira do programa e é ela quem faz a coleta do material entregue pela comunidade.

Para receber um de nossos pontos, entre em contato com a Acib pelo e-mail falecom@acib.net ou através do Whatsapp (47) 99714-0813.

Logística reversa

A logística reversa é um dos instrumentos definidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma das legislações ambientais mais importantes do Brasil. Em vigor desde 2010, o artigo 33 da lei 12.305, obriga que as empresas fabricantes, importadoras e distribuidoras de eletrônicos, agrotóxicos, pilhas e pneus tenham o sistema de logística reversa. Existe também um Acordo Setorial, ou seja, documento formal público feito pelas entidades representativas do setor de eletroeletrônico e o Governo Federal, interessadas em cumprir a legislação.

Christiane destaca que a Acib acredita e defende que todas as empresas fabricantes ou importadoras de produtos eletroeletrônicos e componentes, deveriam aderir ao acordo. “No Brasil, a logística reversa não é uma realidade porque é preciso melhorar o entendimento entre os setores públicos e privados e investir em educação ambiental. No exterior, por exemplo, as leis não diferem muito das nossas, pois o objetivo final é o mesmo. Mas a diferença é que em muitos países esse movimento já existe há mais tempo e está mais maduro e incluso no dia a dia da população”, conclui.