Acidentes com aves causam duas quedas de energia em Blumenau em um dia; Celesc explica

Rede elétrica está exposta a riscos como estes diariamente

Um acidente com um pato foi o que causou a queda de energia que deixou mais de 10 mil casas sem eletricidade no primeiro domingo do mês, dia 8. O animal estava voando quando atingiu a rede elétrica e foi eletrocutado. O caso foi na Velha, por volta das 20h.

Apenas no bairro, 6.303 unidades consumidoras ficaram sem energia elétrica. Na Velha Central foram 3.111 interrupções e na Velha Grande 1.044. No bairro Itoupavazinha, 16 residências ficaram sem energia, mas as interrupções eram programadas.

Mais cedo naquele mesmo dia, outra ave causou uma queda de energia em um bairro próximo. Uma Curicaca bateu contra a rede elétrica no Badenfurt por volta das 4h50 e deixou 3.200 unidades consumidoras desabastecidas durante o amanhecer.

De acordo com a Celesc, o fato se tratou de uma infeliz coincidência. De janeiro a novembro de 2019, foram 12 ocorrências de queda de energia em todo o Vale do Itajaí envolvendo animais. Três deles em Blumenau. Contando com os casos de dezembro, foram cinco no ano todo.

Entenda o que causa as quedas de energia

Para que o sistema de auto proteção da fiação seja ativado, o pássaro precisa encostar com as asas em dois fios diferentes. Caso isso aconteça, a rede entra em curto circuito e interrompe o abastecimento de energia elétrica.

“A rede elétrica está exposta a muitos riscos. Acidentes de carro, pássaros, galhos de árvore… Tudo pode acontecer. Mas foram casos isolados, não é sempre que acontece”, explica Rafael Vieira, assessor da autarquia.

Quando o sistema de auto proteção é ativado o fornecimento de energia elétrica daquela rede é desativado. Isso serve para que o restante da fiação não seja afetado pelo ocorrido, como a sobrecarga de um raio, por exemplo.

Quando questionada sobre formas de prevenir tais acontecimentos, a Celesc explicou que a única forma de impedir os curtos circuitos é substituir os cabos “nus” pelos protegidos com capamento. Entretanto, não é uma medida financeiramente viável.

“A Celesc mapeia os lugares que são mais afetados por quedas de galho de árvore e substitui os cabos mais vulneráveis. Mas só onde precisa muito. Trocar tudo seria inviável e não acontece nem em países de primeiro mundo”, justifica.

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